“É uma honra ter participado deste momento de retomada. Viva a Casa do Hip Hop de Diadema”, disse o rapper Rappin Hood ao final da festa virtual realizada sábado (31.07).
A celebração foi, em primeiro lugar, para comemorar os 22 anos da primeira casa do gênero na América Latina e hoje uma referência mundo afora.
A apresentação de Rappin Hood encerrou, acima de tudo, uma verdadeira maratona musical de mais de cinco horas, e ele fez questão de saudar os novos tempos.
“Aqui na Casa viramos o jogo, estamos de volta. E vamos usar o espaço da melhor forma, com outras culturas populares como a nossa. E a Casa vai servir a quem? A todas, todos e todes, a quem entrar no prédio, qualquer classe social; não escolhemos pessoas, o hip hop qualifica as pessoas”, disse, da mesma forma.
Apresentações
A abertura da comemoração ficou a cargo de Jean B, coordenador da Casa, mais Reinaldo Leiva e Drica Back Spin, que mostraram os espaços reformados e renovados.
Em seguida, além disso, só teve música em alto estilo, fora as batalhas de Mc´s, de B´Girls e B´Boys.
As apresentações de DJ Dandan, Crew Back Spin, Ô Calice LCN Feat, GSantos, T Mac e Guetto R mostraram, certamente, que a Casa retoma suas funções com todo o vigor de seus 22 anos.
Jean B, em outras palavras, comemorou. “A Casa é uma adolescente, e está preparada para fazer o Sprint dela”. Ele disse que o momento ruim ficou para trás e avisou que a Casa está aberta a outras linguagens. “Pode esperar muito hip hop e muita diversidade cultural. Vai ser um lugar da comunidade, pra tudo mundo poder utilizar e se divertir”, afirmou.
Jean B está empolgado e, portanto, não deixa por menos: “A Casa vai virar o primeiro centro de referência da cultura urbana do País”.
E vai mesmo, se depender do secretário de Cultura Deivid Couto. “O balé vai voltar pra cá, o curso da música, as expressões do hip hop, o pessoal que usa a quadra de basquete, os grafiteiros… A Casa vai continuar como um centro de referência da cultura”.
Para ele, a comemoração dos 22 anos foi um dia simbólico. “Mais um dia de resistência cultural. A Casa vai ter vida longa, com a população fazendo parte dela. A Casa vai abrigar a todos que dela queiram participar”, disse, em conclusão.