Em um dos maiores confrontos da história do Vôlei, a Seleção Brasileira bateu a Polônia por 3 a 1, neste domingo (27.06), em Rimini, Itália.
Mas, se o Brasil levou o inédito e merecido ouro, o genial Kurek, oposto da Polônia, ficou com a Taça da Dignidade, do Respeito, da Empatia.
Jogou muito, a ponto de, em uma decisão inédita, o comitê da competição ter, portanto, dividido a premiação de MVP (‘Most Valuable Player”, ou Jogador Mais Valioso) e melhor oposto entre ele e o brasileiro Wallace.
Quando Ary Graça foi entregar os prêmios, anunciando a divisão, Kurek recusou-se a receber, argumentando que Wallace, campeão, é quem merecia.
Uma atitude digna de um esportista da mais alta qualidade técnica e moral. E o prêmio, além disso, vale US$ 30 mil, 30 mil dólares, cerca de R$ 150 mil.
As informações são de que os dois receberão essa verdadeira bolada.
Mas, ainda assim, Kurek pensou primeiro na justiça. Grande sacada.
Já, durante a partida, em um gesto espetacular, Kurek e Wallace usaram, por instantes, camisas iguais, com nomes de atletas do vôlei feminino, contra a desigualdade de gênero.
A equipe dos sonhos da disputa foi formada ainda, acima de tudo, por Leal (cubano naturalizado brasileiro), Maurício Souza e Thales.
Thales, diga-se de passagem, criticado e ironizado o jogo todo por “torcedores” nas redes sociais, que preferiam Maique, acima de tudo.
Teve uma “torcedora” que, além disso, chegou a escrever que poderiam dar um pompom a ele, pois era “um ótimo líder de torcida”.
A resposta veio na premiação.
Seleção
A Seleção da Liga das Nações ficou, em conclusão, assim definida:
MVP: Wallace (Brasil) e Kurek (Polônia)
Melhor Ponteiro: Leal (Brasil)
Melhor Ponteiro: Kubiak (Polônia)
Melhor Central: Maurício Souza (Brasil)
Melhor Central: Bieniek (Polônia)
Melhor Líbero: Thales (Brasil)
Melhor Levantador: Drzyzga (Polônia)
Melhores Opostos: Wallace (Brasil) e Kurek (Polônia)