Joaquim Alessi
Dos 583.229 eleitores habilitados para ir às urnas neste 6 de outubro, exatamente 167.221 deixaram de exercer seu direito de voto.
Melhor: deixaram de cumprir com seu dever, uma vez que, mais do que direito, votar é um dever de cidadão.
Pena que esses nada responsáveis cidadãos (com raríssimas exceções, claro, pois há entre eles enfermos, gente debilitada, em viagem a trabalho etc e tal, embora sejam minoria) optaram por abster-se de colaborar com a cidade.
Para se ter uma ideia do tamanho dessa irresponsabilidade, eles chegam quase perto do número de verdadeiros cidadãos que elegeram no primeiro turno o prefeito Gilvan Júnior: 221.410.
Os que anularam seus votos somaram 33.426, mas pelo menos deram-se ao trabalho de ir até os locais de votação.
Outros 19.524 tiveram a mesma atitude, e deixaram suas manifestações em branco. Um direito que lhes cabe.
Mas, simplesmente ignorar o processo, dar de ombros em um momento tão especial, é uma demonstração de falta de cidadania.
E serão esses, com certeza, os primeiros a reclamar diante de eventuais e possíveis falhas do poder público.
Representam 28,6% do eleitorado da cidade. Parodiando o hino do município, são os “turrões” andreenses.