Anita Malfatti, uma das estrelas da Semana de Arte Moderna, morou em Diadema

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Fotos: Centro de Memória de Diadema e acervo do Instituto Anita Malfatti

Pintora viveu por 12 anos no município nos anos 50 e 60 em busca, em primeiro lugar, da tranquilidade da cidade na época

A Semana de Arte Moderna foi realizada em 1922 e Diadema emancipou-se, acima de tudo, em 1958.

Mas, embora haja diferença entre as datas, o evento e a cidade se conectam por meio de uma personagem em comum: Anita Malfatti.

A pintora paulistana foi, por exemplo, uma das estrelas da Semana de Arte Moderna de 1922.

O movimento revolucionou a cultura nacional pelo seu caráter contestador às imposições tradicionalistas do começo do século XX.

Anita havia feito viagens ao Exterior, tido contato com novos tipos de arte e, juntamente com outros artistas, marcou seu nome, da mesma forma, na história da cultura brasileira.

Vila Conceição

Os destinos de Anita Malfatti e Diadema se cruzam no começo do século 50, período em que Diadema ainda era um distrito de São Bernardo, a Vila Conceição.

O cenário era completamente diferente do atual. Diadema era uma região predominante verde, com chácaras e fazendas.

Foi em busca dessa tranquilidade que a artista resolveu se mudar para cá, em 1952.

Anita Malfatti instalou-se em uma casa branca na região onde hoje estão as avenidas Alda e Presidente Kennedy e a Praça Castelo Branco, no Centro.

O imóvel não existe mais, deu lugar a um hospital décadas atrás.

Chácara

Ela também tinha uma chácara em Diadema, na Rua Washington Luiz, e o local atualmente abriga um edifício com nome da artista brasileira.

A pintora viveu por mais de dez anos em Diadema, acompanhando a emancipação da cidade, em dezembro de 1958.

O livro Anita Malfatti no Tempo e no Espaço, de Marta Rossetti Batista, traz reprodução do trecho de uma carta que ela escreveu a outro modernista, Mário de Andrade.

Na correspondência, ela relatava os encantos de Diadema.

No município, ela pintou os quadros “Procissão em Vila Conceição” e “Paisagem em Diadema” – veja as obras abaixo.

“Eu moro longe de São Paulo, tomo conta do meu jardim, arranco mato e planto as flores e as árvores, rego quando posso, arrumo a casa e pinto as festinhas do nosso povo que dão alegria ao coração da gente simples. O grandioso e o majestoso, assim como a glória e o mágico sucesso me deixam calada, triste, mas as coisas fáceis de pintar, simples de se compreender, onde mora a ternura e o amor do nosso povo, isto me consola, isto me comove”, escreveu Anita, além disso, descrevendo sua história de amor com Diadema.

Anita Malfatti morreu em novembro de 1964, aos 74 anos, mas ficou eternizada na história do Brasil e de Diadema.

Atualmente, a cidade tem, além disso, uma escola com o nome da pintora: a Emeb Anita Catarina Malfatti, no Jardim do Parque, região bem próxima de onde ela morou.

Debate cultural

Para celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, a Biblioteca Oliria de Campos Barros (Biblioteca Central – Avenida Alda, 81, Centro) vai receber um evento.

Chama-se Intervenção: Modernistas da Posteridade – Comemoração ao Centenário da Semana de Arte Moderna.

Ministrada repórter fotográfico Marco Aurélio Olímpio, a atividade acontece, em conclusão, nesta sexta-feira (18.02), a partir das 19h.

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