Abiquim e Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados promovem Seminário Bahia Empreende

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Foto: Abiquim/Divulgação

A Abiquim e a Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados realizaram nesta sexta-feira (05.7), entre 8h30 e 13h, o Seminário Bahia Empreende com o tema “Ecoinovação: Ideias Transformadoras” no Vila Galé Marés, em Camaçari, Bahia.

Com um total de 350 participantes, entre pesquisadores, representantes do governo, de instituições públicas e do setor empresarial, o evento teve como objetivo debater e explorar estratégias para a implementação de tecnologias limpas e sustentáveis nas indústrias locais, promovendo a economia verde, o compromisso socioambiental e o empreendedorismo regional.

Na abertura do evento, em participação via vídeo, Geraldo Alckmin, Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) destacou a relevância do evento no sentido de promover um debate importante sobre empreendedorismo regional. “A escolha de Camaçari para sediar o encontro não poderia ser mais acertada. Polo industrial da Bahia, esta dinâmica cidade baiana tem empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividades como indústria de pneus, celulose, metalurgia, têxtil e fertilizantes. Ano passado, sobretudo, estive em Camaçari para participar do lançamento da montadora BYD e visitei o Complexo Tecnológico Industrial Cimatec Park do Senai”, enfatizou. Alckmin também relacionou alguns avanços do governo, em parceria com o Congresso Nacional, como a Reforma Tributária, o Mover e o Programa de Depreciação Acelerada, já sancionados pelo presidente, além de citar o Projeto de Lei do LCD – Letra de Crédito para o Desenvolvimento. “Vamos continuar trabalhando para gerar mais oportunidades de investimento, emprego e renda.”

Como integrante da mesa de abertura, André Passos Cordeiro, Presidente-Executivo da Abiquim, ressaltou a importância econômica do estado da Bahia para o setor químico, bem como sua capacidade de inovar. “O Polo de Camaçari reúne um total de 64 fábricas de produtos químicos de uso industrial. Emprega 13.815 trabalhadores com uma massa salarial de R$ 1,97 bilhão, confere uma receita líquida de vendas de R$ 27,9 bilhões e participa com um PIB industrial de R$ 7,52 bilhões”, detalhou Passos, enfatizando como a química é um dos setores industriais,juntamente com óleo e gás, que mais impacta positivamente a economia.  “Estamos falando de um setor que contribui significativamente para a sustentabilidade e melhoria dos padrões de vida da população e que é fundamental para posicionar qualquer país em rankings estratégicos econômicos mundiais. Não existe país desenvolvido sem indústria química forte.”

São indiscutíveis, continuou Passos, as vantagens brasileiras na nova química (renovável e circular). “O Brasil tem 20% da biodiversidade mundial e uma das agroindústrias mais desenvolvidas do mundo com sinergias e complementaridades com a química renovável. O avanço da química dos renováveis (H2 incluso) pode elevar a indústria química brasileira a um novo patamar de competitividade e contribuir com a redução do déficit da balança comercial de produtos químicos do país e atração de novos investimentos. Biomassa, hidrogênio de baixo conteúdo de carbono (ou hidrogênio sustentável) e circularidade são algumas das oportunidades.  

De acordo com Deputado Federal Josenildo Abrantes, Presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, o evento é muito importante para o fortalecimento da indústria brasileira no sentido de gerar mais empregos e riquezas, sobretudo com inovação e sustentabilidade, além de fortalecer os negócios já existentes, buscando aprimorá-los e criando ainda novas oportunidades para outras empresas que estão vindo para este mercado. “Desde que assumimos a presidência dessa comissão, temos feito um trabalho gigante, buscando parcerias com os Ministérios do Empreendedorismo, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e dos Portos e Aeroportos, além de entidades diversas com o foco não somente no fortalecimento da indústria brasileira, mas especialmente na sua proteção, já que de fato é ela que gera emprego e renda para o País”, afirmou Abrantes, reforçando a importância de um trabalho conjunto, forte e político para garantir essa proteção e permitir que a indústria brasileira continue avançando e melhorando o desenvolvimento econômico do Brasil.

Para a Deputada Federal Ivoneide Caetano, 2ª Vice-Presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, a realização deste seminário em Camaçari, enriquecerá este debate e contribuirá para o crescimento da indústria local e nacional, promovendo o desenvolvimento que une inovação e responsabilidade ambiental. “Este dia ficará marcado pela união de forças dos agentes que podem contribuir para a construção de um futuro mais sustentável, e próspero para a nossa Bahia e para o nosso país.”

Geraldo Junior, Vice-Governador da Bahia; Maurício Pinto Pereira Juvenal, Secretário Nacional de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, representando o Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte,  Márcio França; o Deputado Federal Luiz Carlos Gomes da Silva, membro-titular da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados; Décio Lima, Presidente do Sebrae Nacional; e Carlos Henrique de Oliveira Passos, Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), foram as demais autoridades que discursaram na abertura do encontro.

Sustentabilidade, empreendedorismo e inovação

O Seminário foi dividido em três painéis. O primeiro deles, sob o tema ‘Desafios e Oportunidades para ampliar a sustentabilidade na Indústria, Comércio e Serviços’,

os painelistas apresentaram os avanços no campo da sustentabilidade em seus respectivos setores e debateram sobre os principais desafios para ampliar os investimentos em inovação aliada às tecnologias sustentáveis.  

Durante sua participação no painel, André Passos Cordeiro enfatizou que a produção química brasileira é a mais limpa do mundo, com 51% menos emissões em relação às suas concorrentes globais. “Temos, inclusive, a menor pegada de carbono quando comparada com outros setores. Em relação aos processos industriais, a química representa apenas 7% do total de emissões.” O dirigente da Abiquim ressaltou ainda que um aumento da produção em R$ 1 milhão associado a novos investimentos na química (em especial verdes) geram R$ 1,78 milhão de acréscimo ao PIB total da economia, além de um adicional de R$ 907 mil em arrecadação total para o Governo.

Passos afirmou também que a transição energética será a principal ferramenta mundial para reduzir as Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e estancar os fenômenos climáticos negativos recentes. “O Brasil possui a matriz elétrica mais limpa do mundo e sai na frente nessa luta, tendo a oportunidade de liderar mundialmente o processo. O acesso a esses recursos ajudará na segurança energética, segurança alimentar, interiorização da oferta de gás, modernização e reindustrialização do país, melhoria dos empregos e da renda, redução do déficit ou do aumento do superávit no comércio internacional e ampliando a arrecadação de impostos, taxas e contribuições.”

Além de Passos, participaram do painel: Levi Costa, Coordenador de Negócios do SENAI; Eduardo Tavares, Secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR); Wanger Alencar Rocha, Diretor Financeiro e de Crédito do Banco do Nordeste; Paulo Guimarães, Diretor-Presidente do Bahia Investe; e Arlinda Coelho, Gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB.

No segundo painel, cujo tema foi ‘Empreendedorismo, inovação e sustentabilidade das startups’, representantes de startups do estado Bahia – Flávio Cardozo, CEO e Co-Founder da ÓiaFia Saboaria Artesanal, e a CEO Simone Ponce da Bee2Be – discutiram sobre os principais desafios do empreendedorismo, dentre eles a alta carga tributária, burocracia, obtenção de crédito, inovação e quais as oportunidades para a inovação sustentável.

Por fim, Andrea Campos Soares, Vice-Presidente de Negócios, Marketing e Inovação na Indorama Ventures e Diretora da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI), apresentou as iniciativas da empresa na planta de Oleoquímica, em Camaçari, alinhadas à inovação e sustentabilidade.

Segundo, Soares, o que a Indorama faz em inovação é resultado do trabalho interno, mas também muito da inovação aberta, o que significa parceria com várias entidades – como Senai, por exemplo – para o desenvolvimento de projetos que ajude a empresa a evoluir com maior rapidez.

“Seguimos com a otimização da entrega desses resultados com o que a gente chama hoje de inovabilidade – inovação e sustentabilidade, juntos. Estamos ainda vendo como vamos misturar o digital com a inteligência artificial. É um tema que estou apaixonada porque é incrível e extremamente democrático o acesso para a sociedade como um todo. Estamos trabalhando fortemente para transformar a nossa inovação em algo muito mais ágil, mais profundo e robusto, usando a inteligência artificial. E dentro dessa jornada, transformando nossos laboratórios de pesquisa em laboratórios digitais, chegando, consequentemente na união da inovação com a inteligência artificial”, explicou a VP.  Após sua apresentação, todos os participantes tiveram a oportunidade de visitar o site da empresa.

Abiquim

Completando 60 anos em 2024, a Associação Brasileira da Indústria Química (www.abiquim.org.br) é uma entidade sem fins lucrativos que congrega indústrias químicas de grande, médio e pequeno portes, bem como prestadores de serviços ao setor químico nas áreas de logística, transporte, gerenciamento de resíduos e atendimento a emergências. A Associação realiza o acompanhamento estatístico do setor, promove estudos específicos sobre as atividades e produtos da indústria química, acompanha e contribui ativamente para as mudanças na legislação em prol da competitividade e desenvolvimento do setor e assessora as empresas associadas em assuntos econômicos, técnicos e de comércio exterior.  Ao longo dessas seis décadas de existência representando o setor químico, a Abiquim segue com voz ativa, dialogando com seus stakeholders e buscando soluções para que a indústria química brasileira faça o que vem fazendo de melhor: ser a indústria das indústrias.

Sobre a Indústria Química

Provedora de matérias-primas e soluções para diversos setores econômicos – agricultura, transporte, automobilístico, construção civil, saúde, higiene e até aeroespacial – a indústria química instalada no Brasil é a mais sustentável do mundo. Para cada tonelada de químicos produzida, ela emite de 5% a 51% menos CO2 em comparação a concorrentes internacionais, além de possuir uma matriz elétrica composta por 82,9% de fontes renováveis – no mundo, essa média é de 28,6%. Esta marca só foi possível graças a uma série de pesquisas, inovações e melhorias que foram introduzidas pela química ao longo dos anos, paulatinamente, como a eletrificação de equipamentos e produção in loco de energia renovável, bem como a migração de fontes fósseis para insumos alternativos, como o etanol.

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