Conheça a colecistite, doença inflamatória muito comum entre pessoas acima de 40 anos.
Pouco se fala sobre a vesícula biliar, mas esse pequeno órgão tem um papel fundamental no nosso sistema digestivo. Localizada abaixo do fígado, sua principal função é armazenar e liberar a bile, um líquido essencial para a digestão e absorção de vitaminas. Quando há disfunções na vesícula, como cálculos biliares e inflamações, o funcionamento do sistema digestivo pode ser comprometido, causando dores e outros sintomas que não devem ser ignorados. O Dr. André Augusto Pinto, cirurgião do aparelho digestivo, explica sobre as causas e tratamentos dessas complicações.
O que é a colecistite e quais são os sintomas?
A colecistite é a inflamação da vesícula biliar, geralmente causada por cálculos biliares, ou seja, pedras na vesícula, que bloqueiam o fluxo da bile. Esse problema pode levar a sintomas dolorosos e, se não tratado, a complicações mais graves. O Dr. André pontua como os principais sintomas: dor intensa no lado direito do abdômen (principalmente depois de refeições bem gordurosas), náuseas, vômitos, febre, calafrios e sensação de inchaço e desconforto abdominal.
Em quem é mais comum?
Segundo o Dr. André Pinto, os maiores alvos da inflamação na vesícula biliar são:
– Pessoas sobrepeso ou obesas: O excesso de peso aumenta os níveis de colesterol na bile, favorecendo a formação de pedras na vesícula;
– Pessoas acima de 40 anos: Pois a bile pode se tornar mais espessa e propensa à formação de cálculos;
– Mulheres: Devido ao efeito dos hormônios estrogênio e progesterona, que podem aumentar a quantidade de colesterol na bile e dificultar o esvaziamento da vesícula.
E quando se torna grave?
Se a inflamação não for tratada, ela pode evoluir para problemas mais sérios. O Dr. cita sepse (infecção generalizada), pancreatite biliar (quando os cálculos obstruem o ducto pancreático, causando inflamação no pâncreas) e perfuração da vesícula (uma inflamação grave na cavidade abdominal).
O Dr. André explica: “O diagnóstico é feito por exames clínicos e de imagem, como ultrassonografia abdominal. O tratamento depende da gravidade do caso, podendo incluir uso de antibióticos para combater infecções, controle da alimentação, reduzindo o consumo de gorduras e até mesmo, em casos mais graves, cirurgia para remoção da vesícula”. No caso de remoção da vesícula, não se preocupe, o Dr. afirma que a maioria dos pacientes consegue se adaptar bem sem ela, tudo depende da mudança para um estilo de vida mais saudável e controlado!