A água da chuva e o esgoto precisam ser escoados por tubulações diferentes
A BRK, concessionária responsável pelos serviços de esgoto em Mauá, intensificou nesse mês de outubro ações de lavagens preventivas das redes coletoras de esgoto da cidade para manter as tubulações em bom funcionamento e preparadas para o período chuvoso, que deve se intensificar nos próximos meses. O trabalho é essencial para evitar o aumento de ocorrências operacionais nas redes de esgoto, ocasionadas principalmente pela interligação indevida e irregular da água pluvial, proveniente da chuva, na rede de esgoto.
É importante destacar que no Estado de São Paulo, o decreto 12.342/78, artigo 19, determina a proibição dessa interligação. Essa prática, causada pelo desconhecimento do tema ou por ligações clandestinas conscientes, é proibida por lei, pois danifica o sistema de afastamento e coleta do esgoto do município.
Por isso, é necessário que os imóveis tenham duas saídas distintas, separando assim a água de chuva dos esgotos gerados na residência. As redes de drenagem pluvial coletam água de chuva por meio das chamadas “bocas de lobo”, que ficam próximas às calçadas. Já as redes de esgoto foram projetadas para receber, exclusivamente, o efluente proveniente dos banheiros, pias, lavanderias e cozinha.
A rede de esgoto é dimensionada para suportar somente o esgoto doméstico, portanto não tem capacidade para receber o grande volume proveniente da água de chuva, o que pode ocasionar extravasamentos nas ruas e nos imóveis da cidade. A tubulação de esgoto normalmente tem cerca de 15 cm de diâmetro, enquanto a galeria de águas pluviais tem, no mínimo, o dobro: 30 cm.
“Por causa dessa diferença no dimensionamento, quando a água da chuva entra onde não deve, ou seja, na rede de esgoto, o risco de ocorrer vazamentos sobe muito, especialmente nos dias de chuva forte”, destaca Evaristo Reis, coordenador de operações da BRK em Mauá.
Como identificar se as redes estão devidamente separadas:
Para verificar se a água da chuva se mistura ou não com o esgoto, alguns testes podem ser realizados em domicílios, estabelecimentos comerciais e industriais. Um desses testes consiste em aplicar um corante colorido nas descargas e ralos para verificar onde esse esgoto será direcionado e constatar se ocorre ou não a mistura da água de chuva com o esgoto.
Caso as ligações das redes estejam corretas, a água colorida não deve sair na sarjeta, ou seja, na rua. Ela deve passar pela caixa de inspeção. Para confirmar, basta abrir a tampa da caixa, localizada em geral na garagem ou na calçada, e ver se esse esgoto com o corante está passando por lá.
Fique atento(a) às dicas e evite transtornos:
O lançamento da água de chuva no esgoto provoca a sobrecarga das redes e pode rompê-las, causando extravasamento nas ruas da cidade ou o indesejado retorno do esgoto para os imóveis, por meio de vasos sanitários ou ralos. Portanto, fique atento(a) a essas dicas:
- Se você está construindo tenha atenção durante a obra para que a água de chuva e o esgoto estejam sempre separados;
- Se seu imóvel já está pronto ou foi comprado de terceiros, fique de olho se a água de chuva vai para a sarjeta;
- Não jogue óleo de cozinha usado na pia, quando o óleo esfria, o resíduo que era líquido vira um bloco sólido capaz de se fixar nas tubulações. Com o passar do tempo, o acúmulo de gordura só cresce, o que vai reduzindo o espaço para a passagem do esgoto até provocar a completa obstrução da tubulação. Com isso, o esgoto volta para dentro de casa;
- Lugar de lixo é no lixo. Não jogue embalagens, papel higiênico, fio dental, absorventes, cabelos, cotonetes, tecidos ou sacos plásticos no vaso sanitário.
Em caso de dúvidas, os clientes podem fazer contato com a concessionária por meio do telefone 0800 771 0001, pelo WhatsApp (11) 99988-0001 ou pelo site www.brkambiental.com.br/maua.
