Suplementos alimentares ajudam a repor os nutrientes encontrados em alimentos excluídos em dietas restritivas
O veganismo tem conquistado cada vez mais pessoas e seu mercado, diz relatório da SkyQuest, deve alcançar 34 bilhões de dólares até 2028.
A adesão ao veganismo começa, na maioria das vezes, pela alimentação.
Com a decisão de evitar o consumo de itens de origem animal ou que compactuam com sua exploração.
Para os adeptos a essa dieta e também a outras específicas como a keto e paleo, a suplementação pode ser uma aliada para garantir o funcionamento do organismo mesmo com restrições alimentares.
Segundo o Ministério da Saúde, os suplementos alimentares ajudam na reposição de nutrientes.
Principalmente aqueles que, por questões restritivas, não são obtidos pela alimentação.
Pessoas que deixam de consumir alimentos ricos em coenzima Q10, por exemplo, podem fazer suplementação.
O mercado de suplementos tem crescido significativamente nos últimos anos, aumentando a diversidade de produtos disponíveis.
Entretanto, alguns são considerados ideais para dietas específicas como a vegana, keto e paleo.
Suplementação no veganismo
A base do veganismo é a exclusão de produtos de origem animal, mas muitos nutrientes são obtidos por meio desses alimentos.
Dessa forma, uma das estratégias recomendadas pelo Ministério da Saúde é a adoção da suplementação.
A nutricionista Dani Borges aponta que um dos suplementos obrigatórios para os veganos é a vitamina B12.
Segundo a profissional, essa vitamina é encontrada principalmente em produtos de origem animal.
Ela é fundamental para o funcionamento adequado do sistema nervoso.
Por isso, os suplementos alimentares dessa vitamina são recomendados para aqueles que seguem o veganismo.
Além dele, há ainda outros nutrientes considerados essenciais, conforme apontam pesquisas internacionais.
Os estudos “Lower plasma coenzyme Q10 concentrations in healthy vegetarians and vegans compared with omnivores” e “The importance of vitamin B12 for individuals choosing plant-based diets”, ambos de 2022, listam também a coenzima Q10 como importante para os veganos.
As pesquisas apontam que pessoas que seguem a alimentação que exclui alimentos de origem animal apresentam uma deficiência de CoQ10, fator diretamente relacionado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e neurológicas.
Um suplemento bastante famoso, principalmente pelos praticantes de atividade física, também deve ser adotado por veganos.
A creatina foi citada pela pesquisa canadense “Benefits of Creatine Supplementation for Vegetarians Compared to Omnivorous Athletes: A Systematic Review” como essencial para os veganos e vegetarianos.
Segundo o estudo, ela é sintetizada pelo organismo e também está presente na carne.
Por esse motivo, pessoas que não consomem esse alimento apresentam índices baixos desse nutriente, sendo necessária sua suplementação.
O fisiologista Turibio Barros aponta que os efeitos da creatina monohidratada no corpo são diversos.
Entre eles cita o ganho de disposição e força, já que essa substância está envolvida na produção de energia das células.
Dietas keto e paleo ganham aliados na suplementação
A dieta cetogênica, mais conhecida como dieta keto (abreviação do seu nome em inglês ketogenic), é baseada na redução dos níveis de carboidratos e sua substituição por alimentos ricos em gordura.
A nutricionista e médica esportiva Yaiza Costa explica que essa restrição de alimentos coloca o organismo em um estado chamado de cetose.
O mesmo transforma gordura em energia em vez de obtê-la nos carboidratos como ocorre habitualmente.
A profissional explica que uma das consequências dessa alimentação restritiva é o desequilíbrio de água e minerais no corpo.
Por isso, faz-se necessária a suplementação de nutrientes como sódio, potássio e magnésio.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a deficiência de minerais no organismo pode causar anemia, fadiga, fraqueza muscular e estresse.
Além disso, provoca outros sintomas que podem trazer problemas à saúde a longo prazo.
Já a dieta paleolítica, popularmente chamada de paleo, é uma alimentação baseada nos regimes alimentares da era paleolítica.
Ou seja, quando a humanidade apenas caçava animais e coletava vegetais que encontrava pela frente.
Segundo a nutricionista Mariana Del Bosco, entre os alimentos proibidos estão os carboidratos refinados como arroz, macarrão, todos os tipos de pão e farinhas, além de aveia, feijão, grão-de-bico, soja, embutidos, alimentos industrializados, doces e outras fontes de açúcar.
Conforme aponta estudo do Instituto de Metabolismo e Nutrição (IMeN), a adesão a esse tipo de dieta pode causar deficiências de nutrientes importantes como cálcio, vitamina D, fibra alimentar e carboidratos complexos.
Assim, o instituto recomenda o uso de suplementos alimentares para garantir a ingestão adequada dessas vitaminas e minerais.
Sempre visando, em conclusão, a uma vida saudável e o perfeito funcionamento do organismo.
