Joaquim Alessi
A certeza de que alguns pontos, como ele mesmo falou, foram fundamentais para o prefeito Orlando Morando (PSDB) declarar apoio a seu ex-vice-prefeito, Marcelo Lima (Podemos) no segundo turno em São Bernardo do Campo.
Um deles,decisivos, enfatizou, portanto: “É de que você não terá o PT no seu palanque”.
E explicou: “Quando eu digo não ter o PT é não ter dirigentes, não ter o candidato, não ter o que representa o PT, no seu palanque, e principalmente no seu governo”.
O anúncio do apoio a Marcelo, que enfrenta Alex Manente (Cidadania), no segundo turno, foi manifestado ainda pela candidata a prefeita Flávia Morando (União Brasil), pela deputada estadual Carla Morando (PSDB) e pelo ex-candidato a vice-prefeito Luiz Davanzo.
Se eleição fosse matemática pura, poder-se-ia dizer que a eleição estaria definida, já que, somados, os votos de Marcelo e Flávia, totalizam 208.869 sufrágios.
Já a votação obtida por Manente acrescida de todos os votos dados Luiz Fernando (PT) chegariam a 207.217.
Mas, na cabeça de muitos eleitores, várias vezes dois e dois são cinco… Esse é o problema, e a razão pela qual não existe vencedor antes da apuração.
De todo modo, o apoio explícito da família Morando tem peso importantíssimo neste segundo turno.
Imaginava-se, além disso, que Marcelo Lima teria muitos votos que foram do PT no primeiro turno, dada sua origem e atuação na periferia.
Resta saber qual será a reação desse eleitorado agora.
Orlando garantiu que atuará com todas as forças nesses 17 dias que restam de campanha.
Marcelo Lima, por sua vez, não respondeu se poderá ter Flávia Morando no primeiro escalão, caso vença.
“A gente precisa primeiro ganhar a eleição”, disse, em conclusão.
E assegurou que Orlando assumiu um compromisso com ele: “Será um conselheiro”.