O Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg) aderiu ao programa Tem Saída, lançado nesta terça-feira (25.6) pela Prefeitura de São Bernardo do Campo e Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) para criar empregos e renda a mulheres vítimas de violência doméstica.
O acesso ao trabalho é, em primeiro lugar, um dos principais obstáculos para mulheres atacadas por maridos e companheiros conseguirem se desvencilhar dos agressores.
Só em São Bernardo são cerca de 4.700 mulheres vítimas de violência, segundo dados do Poder Judiciário.
“Muitas vezes, ela prefere morrer do que tirar o alimento dos filhos”, explicou o juiz-titular da Vara de Violência Doméstica de São Bernardo, Mário Rubens Assumpção Filho.
O magistrado representou o TJ-SP na assinatura do programa.
“Empoderar a mulher é dar a ela a chance, a escolha de ficar com quem ela quiser e aonde ela estiver”, disse, em resumo.
Várias iniciativas
O Tem Saída prevê uma série de iniciativas.
Elas vão da capacitação das mulheres à inclusão das vítimas em um cadastro municipal, além do encaminhamento a empresas para vagas de trabalho.
O programa é voltado, nesse sentido, para empresas e sindicatos, como o Sinaceg, cujas empresas afiliadas são responsáveis por transportar a maior parte de veículos zero quilômetro no Brasil.
Presente à solenidade, o presidente do Sinaceg, José Ronaldo Marques da Silva, o Boizinho, disse apoiar a iniciativa, e assinou termo de cooperação com a Prefeitura.
Ao lançar o programa, o prefeito Orlando Morando fez um apelo importante.
“Não podemos deixar que esse ato se encerre hoje”, ele disse, conclamando o empresariado da cidade a colaborar.
“Sei que todos querem os melhores profissionais, mas no caso de haver dois currículos equivalentes, priorizem o das mulheres (vítimas de violência).”
São Bernardo é a segunda cidade do Estado a aderir ao Tem Saída.
A primeira é a Capital, onde foi lançado, em conclusão, em parceria da Prefeitura com o TJSP, em 2018.