Curso vai abordar preconceitos e mitos sociais com o objetivo de melhorar o atendimento à população idosa e garantir seus direitos
Entre fevereiro e outubro, cerca de 200 servidores de Diadema vão realizar o Curso de Atualização para os Profissionais em Envelhecimento.
O propósito de qualificar a prestação do serviço às pessoas idosas em todos os setores públicos municipais.
O curso é financiado, acima de tudo, pelo Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa.
A realização está a cargo da Prefeitura através da Secretaria de Assistência Social e Cidadania.
“Vamos conversar com os servidores que trabalham com a população idosa sobre as questões da velhice, pois, infelizmente, em nossas vidas ainda existe um conjunto de estereótipos, de preconceito e discriminação em relação à pessoa idosa que a gente chama de idadismo, que é a discriminação em relação à idade”, comenta a assistente social Marília Viana Berzins, da organização Olhe – Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento, responsável pelo curso.
Ela disse que existe um conjunto de preconceitos e mitos que as pessoas incorporam e reproduzem como o fato do velho não aprender mais, de os velhos serem chatos, rabugentos ou doentes, de o velho não ter valor ou utilidade.
Ou, então, ‘vem vindo uma velha, vou ter de falar alto, de gritar, ela não vai entender e vai perguntar dez vezes a mesma coisa’.
Pessoa
Marília comenta que as pessoas ‘60 e mais’ não devem ser chamadas de melhor idade.
Porque isso não é verdade, e nem de terceira idade, que abrange a faixa entre 60 e 80 anos.
“Hoje se convenciona que o tratamento que nós devemos dar aos ‘60 e mais’ é pessoa idosa, porque a palavra pessoa dá a condição de cidadão, mostra que é uma pessoa de direitos”.
Ela comenta que o curso aos servidores significa um compromisso muito importante da Prefeitura em oferecer esse tipo de formação aos agentes públicos.
“É um compromisso com a melhoria das condições de vida da população idosa da cidade, de as pessoas terem um envelhecimento digno”.
Zuleica Maria da Silva, da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, disse que o curso foi pensado depois de relatos sobre a falta de respeito à pessoa idosa.
“O curso revela o empenho da Prefeitura em garantir um atendimento de qualidade para a pessoa idosa em todos os âmbitos. Esse tipo de curso serve para irmos consolidando os direitos das pessoas idosas”, finaliza.