Valores vão impulsionar o Turismo, que prevê lançar mais de 500 empreendimentos hoteleiros neste ano, destaca Fhoresp
O mercado de apostas esportivas e de cassinos on-line vai faturar mais de R$ 100 bilhões nos próximos três anos.
Isso em virtuda da entrada em vigor da lei que regulamenta o segmento.
Os valores movimentados deverão impulsionar, em primeiro lugar, o Turismo, que prevê 500 novos lançamentos em Hotelaria só em 2024.
A projeção é, acima de tudo, da Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp).
E também do Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente (IDT-CEMA).
A expectativa é de que a maioria desses novos empreendimentos previstos e, também, os já existentes em Hotelaria, parques temáticos, bares e restaurantes de integração criem mais pontos de vendas para apostas.
Participação
Em troca, eles receberão participação na remuneração ou em merchandising das bets, como são popularmente conhecidas as empresas deste setor.
Nesse caso, a fatia poderia alcançar de 1% a 15% do faturamento total do estabelecimento.
A Fhoresp e o IDT-CEMA ainda estimam que os R$ 100 bilhões a ser faturados pelas bets entre 2024 e 2026 gerem R$ 12 bilhões em impostos.
A lei foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após aprovação no Congresso Nacional, no fim de 2023.
A matéria estabelece, além disso, alíquota de 12% de arrecadação no mercado em tela.
Divulgação
Há, da mesma forma, mais projeções da Federação e do Instituto de Desenvolvimento.
Uma é de que boa parte deste porcentual arrecadado com as apostas poderá, também, aumentar a divulgação das atividades turísticas do País.
A Fhoresp e o IDT-CEMA estimam que 28% desses R$ 12 bilhões gerados em impostos devam ser destinados ao Ministério do Turismo.
Em números absolutos, as cifras podem, da mesma forma, chegar a R$ 3,36 bilhões no período, segundo o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto.
“Este impulso vai muito além, porque vai gerar mais empregos não só nos setores de Hospedagem e de Alimentação Fora do Lar (restaurantes), mas, também, em outros segmentos produtivos. Estamos falando de um mercado que movimenta músicos, artistas e profissionais de Infraestrutura e de Transportes, fora os setores de Comércio e de Serviços, que serão igualmente beneficiados”, diz Edson, em resumo.
O primeiro passo para os cassinos
A expectativa dos segmentos hoteleiro, de bares e de restaurantes é enorme.
Eles entendem, portanto, que este momento seja o primeiro passo na permissão da exploração do Turismo atrelado ao mercado de apostas.
O diretor de Hospitalidade e Jogos da Fhoresp, Bruno Omori, esbanja otimismo.
Faala na previsão de que o projeto de autorização dos cassinos turísticos e integrados aos resorts, além dos bingos, seja votado ainda neste ano, em Brasília.
Caso isso ocorra, há estimativa de que US$ 70 bilhões entrem no Brasil por meio de investimentos nacionais e internacionais no segmento.
“Isso vai ativar diretamente os mercados imobiliário, de Construção, de Decoração, e de Tecnologia, sem contar na qualificação dos profissionais que vão atuar nos cassinos”, avalia, em conclusão, Omori, que também é presidente do IDT-CEMA.