O Tarifa Zero, programa de gratuidade nos ônibus de São Caetano do Sul, completou dois meses de operação nesta segunda-feira (1º.01).
No período, foram 2,5 milhões de pessoas transportadas, consolidando aumento de 150% de usuários nas 9 linhas municipais.
Antes do Tarifa Zero, a média nos dias úteis era de 22 mil passageiros. Após a implantação do programa, esse número se consolidou em 51 mil passageiros.
O número de ônibus da concessionária rodando pela cidade também aumentou de 48 para 54.
E, em dezembro, houve a entrega de seis novos veículos com wi-fi e ar condicionado, com tecnologia Euro 6, que emite menos poluentes.
Aprovação do povo
A unanimidade na aprovação do Tarifa Zero em São Caetano é constatada na conversa com os populares, como é o caso da jovem Daniela Marques, 23 anos, moradora do bairro São José e que pega o transporte público todo dia para ir trabalhar, na Liberdade, bairro da capital paulista.
“Eu pego um ônibus todo dia para ir e voltar de casa até a estação (Terminal Nicolau Delic, no Centro), e pegar o trem para a capital, onde trabalho. Com este programa de passe livre integral facilitou e muito a minha vida, não só na questão profissional como também para o lazer, já que aos finais de semana eu vou ao shopping, seja ao cinema ou mesmo à praça de alimentação, e a condução é gratuita”, lembrou Daniela, que estava na fila aguardando o ônibus da Linha Mauá.
Veículo, aliás, dirigido pelo motorista André Ferreira Correa, há 25 anos na mesma função.
E ele confirmou ter um acréscimo muito grande nos passageiros nestes dois meses.
“É verdade, muita gente passou a utilizar o transporte público e este é um programa que todas as demais cidades deveriam copiar São Caetano”, complementa André.
Quatro pilares
Para o prefeito José Auricchio Júnior, o Tarifa Zero consolidou-se, acima de tudo, como um programa de abrangência fundamental em quatro pilares.
“O pilar social, pois ajuda quem mais precisa. Tem, também, o aspecto econômico, porque gira o comércio e faz a economia circular. E também é estímulo ambiental, uma vez que temos menos carros nas ruas, além, claro, do incentivo pleno à mobilidade urbana”, diz, em conclusão, Auricchio.