O vice-presidente da República e ministro Geraldo Alckmin reuniu-se na sexta (22.12), em seu gabinete no Ministério do Desenvolvimento (MDIC), em Brasília, com dirigentes de oito empresas ligadas à Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Segundo o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, o objetivo, em primeiro lugar, foi apresentar ao vice-presidente a realidade atual e as perspectivas de crescimento da eletromobilidade no Brasil.
Isso, acima de tudo, com geração de empregos de qualidade, desenvolvimento tecnológico e investimentos no País.
“Pedimos essa reunião para mostrar a força da eletromobilidade no Brasil, desde a mineração de lítio em Minas Gerais até a produção de ônibus elétricos, automóveis, caminhões, motores elétricos, baterias, geração de energia e infraestrutura de recarga” – disse, em resumo, Ricardo Bastos.
“Não viemos a Brasília apenas para mostrar o que a ABVE está fazendo, viemos para dizer ao governo federal que estamos à disposição do Brasil’ – completou.
“A eletromobilidade envolve um amplo conjunto de empresas, que podem mudar a indústria brasileira”, destacou, da mesma forma.
Neoindustrialização
Alckmin, da mesma forma, agradeceu a presença e ressaltou a importância da eletromobilidade para a economia brasileira.
“É um setor muito importante, estratégico, e queremos que vocês cresçam” – disse, em suma.
O vice-presidente considerou a eletromobilidade um fator decisivo para o que chama de “neoindustrialização”, ao contribuir para “melhorar a produtividade e a competitividade da indústria nacional”.
Disse ainda que a nova indústria brasileira “terá de ser sustentável e deverá contribuir para a descarbonização da economia” – e que esse objetivo comporta “várias rotas tecnológicas”, com participação dos veículos elétricos, do etanol, do hidrogênio e dos biocombustíveis.
“O mundo está diante de três grandes desafios: a segurança alimentar, a segurança energética e a segurança ambiental” – afirmou Alckmin. “E o Brasil é campeão em todos eles.”
Ressaltou ainda a importância estratégica de o Brasil recuperar capacidade exportadora, especialmente na América Latina, não apenas com commodities, mas com produtos industrializados. “Temos de voltar a crescer a exportação de manufaturas”.
Participantes
Participaram da reunião – de quase duras horas – nove altos dirigentes de algumas principais empresas que investem em transporte sustentável e energias renováveis no Brasil, recobrindo toda a cadeia produtiva do setor.
Cada um deles fez, por exemplo, uma exposição de cinco minutos sobre os projetos de suas empresas e as perspectivas da eletromobilidade.
Entre elas: GWM, Eletra, Vehya, BYD, WEG, Raízen, Eletrobras e Companhia Brasileira de Lítio.
Pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC), participaram também, da mesma forma, Renato Agostinho, diretor de Operações Internacionais da Secex, e Gustavo Victer.
Pela ABVE, estiveram presentes:
RICARDO BASTOS – Presidente da ABVE;
DANIELA GARCIA – ABVE Infraestrutura/Diretora de Operações e Desenvolvimento de Negócios para América Latina da Vehya;
MILENA ROMANO – ABVE Veículos Pesados/ Presidente da Eletra;
FERNANDA CASTRO MIGUEL – ABVE Infraestrutura/ Gerente de E-Mobilidade da Eletrobras;
LINDOLFO PAOLIELLO – ABVE Mineração Estratégica/Diretor de Relações Institucionais da Companhia Brasileira de Lítio;
MARCELLO SCHNEIDER – ABVE Veículos Leves e Pesados/Diretor de Relações Institucionais da BYD;
MÁRCIO AFONSO – ABVE Veículos Leves/Diretor de Engenharia da GWM;
RAFAEL REBELLO – ABVE Infraestrutura/Diretor de Soluções de Energias Renováveis da Raízen;
WAGNER SETTI – ABVE Componentes/Diretoria de Relações Institucionais e Governamentais da WEG.