Com críticas ao Fundo Eleitoral, principal ponto de debate entre os parlamentares, o Orçamento da União para 2024 foi aprovado no Congresso Nacional nesta sexta-feira (22.12), no valor de R$ 5,5 trilhões.
No texto original enviado pelo governo o valor destinado às campanhas eleitorais municipais do próximo ano era, em primeiro lugar, de R$ 939,3 milhões.
O destaque apresentado pelo partido Novo foi rejeitado e ficam valendo os R$ 4,9 bilhões apresentados pelo relator, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP).
Segundo ele, a diferença será retirada, por exemplo, das reservas para as emendas de bancadas estaduais.
Houve ainda, acima de tudo, a tentativa de negociar um valor intermediário, de cerca de R$ 2,7 bilhões — próximo ao gasto nas eleições de 2020.
Mas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, manifestou-se contra o valor.
“Vale a vontade da maioria”
“De fato eu considero que é um equívoco nós estabelecermos um valor para eleição municipal no parâmetro de uma eleição geral para presidente. O mais correto, na minha opinião, seria o valor da última eleição municipal em 2020 e fazer as devidas correções e definir um valor que ficaria bem abaixo desse valor. Mas, embora, essa seja minha posição, o que vale é a vontade da maioria”, comentou.
Na última sessão do ano, os parlamentares também questionaram, da mesma forma, os recursos para as comissões permanentes.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, além disso, a falta de critério para as verbas.
“Uma comissão de educação, que a gente ainda diz que o Brasil precisa priorizar a educação, R$ 7,9 milhões. Isso é uma piada. Vai R$ 4 bi para o desenvolvimento regional e R$ 7,9 milhões [para educação]. E a Comissão de Meio Ambiente é pior ainda, R$ 550 mil. Então, critério é zero”, criticou.
Desaceleração
Já o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal iniciativa do governo para desenvolver a economia através de investimentos, teve corte de R$ 6 bilhões.
O Executivo propôs cerca de R$ 61 bilhões, inicialmente reduzidos para R$ 44 bilhões. No final, o valor ficou em torno de R$ 55 bi.
Pelo texto, o salário mínimo passa dos atuais R$ 1.320 deste ano para R$ 1.412, em 2024.
O valor é R$ 9 menor do que os R$ 1.421 que constam no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
A mudança ocorre por causa da variação da inflação acumulada neste ano.
Antes da votação em plenário, a proposta do orçamento passou na quinta-feira (21.12) por votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Fonte: Brasil 61