Joaquim Alessi
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel avança na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Nesta terça-feira (21.11) aprovou, em suma, requerimento de seu presidente, deputado estadual Thiago Auricchio, que questiona a distribuidora de energia.
Pede à empresa a lista com nome de todos os funcionários (diretos e terceirizados) que atuaram no apagão de 03.11, em um prazo de cinco dias.
“Nas últimas oitivas com o Nicola e o Max, eles assumiram que a ENEL deslocou funcionários de outras concessões de atuação no Brasil para atuarem no restabelecimento de energia na Região Metropolitana. Queremos saber, de fato, quantos funcionários a concessionária disponibiliza na concessão de São Paulo”, explica, em resumo, o parlamentar.
Na última semana, a concessionária afirmou na CPI, em primeiro lugar, que 692 equipes estavam nas ruas, número quatro vezes maior que o de costume.
Ainda segundo eles, o número chegou a 900 equipes até o final do reestabelecimento completo da energia nas cidades afetadas pelo apagão.
Efetivo
“É preciso esclarecer se a ENEL possui em São Paulo um efetivo suficiente para enfrentar intempéries como a que vimos no dia 3 ou se ficaremos refém de equipes de outras localidades. Será que nós também cedemos funcionários para outros Estado? São perguntas que precisam de respostas por contribuírem efetivamente para a construção de um relatório robusto, sério e que prioriza o cidadão”, destaca, da mesma forma, Thiago Auricchio.
Na sessão desta terça, a CPI recebeu, além disso, o promotor Silvio Marques, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de São Paulo.
O promotor esclareceu a responsabilidade da ENEL com a manutenção da fiação área.
Também apresentou um panorama sobre os estudos para implantação de fiação subterrânea.
“O Ministério Público é um braço importante do Poder Público na busca de justiça e na correção de erros”, assina Thiago.
E diz ainda: “Trabalhar em sinergia, em um tema tão importante, é fundamental para a conclusão final dessa CPI.”
“Tenho total convicção de que essa parceria renderá ótimos frutos para a população de São Paulo,” diz, em conclusão, o presidente da CPI.