Atividade faz parte, acima de tudo, da programação do mês da Consciência Negra na Estância
Cerca de 2 mil pessoas participaram, neste domingo (12.11), Dia Mundial do Hip Hop, do Hip Hop Fest – 50 Anos de Cultura, na Praça Central da Vila do Doce.
Expo arte BoomBox, batalha de MC’s, expo arte Grafitti, DJ’s convidados e pocket shows de rap fizeram, em primeiro lugar, parte da atividade.
A realização coube à Prefeitura de Ribeirão Pires, por meio da Secretaria de Assistência, Participação e Inclusão Social.
Além disso, em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, Nação Hip Hop Brasil e a Associação Paulista Amigos da Arte.
“Tive meu primeiro contato com o Hip Hop aos 11 anos. Uns quatro anos depois, comecei a dançar Break e virou amor à primeira vista. O contato com a cultura Hip Hop me ajudou dentro e fora da escola para romper aquela imagem ‘marginal’ por conta das roupas mais largas e estilo ‘largado’. Depois, veio o Boombox, os rádios, e isso fez com que a gente, mesmo com a idade, se mantivesse no Hip Hop”, explicou, em resumo, o b-boy Renato Matagnan Memória, o Renatinho, co-idealizador do coletivo BoomBox Brasil que possui integrantes de Belo Horizonte, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
No improviso, o Torneio de Batalhas animou, da mesma forma, o público durante a tarde e premiou: Du Barraco – Batalha Clandestina (3º lugar), Stan – Batalha da Neblina (2º lugar) e Mano Zumbi – Batalha da Neblina (1º lugar).
Já o encerramento da noite ficou por conta da apresentação do rapper e compositor Thaíde e do grupo Haikaiss.
Ampliação dos espaços
“Quando você ama alguma coisa, você tem que lutar por aquilo; fazer de tudo para ter acesso àquilo e possibilitar que mais pessoas também tenham acesso, principalmente quando a questão envolve educação e cultura como o Hip Hop. Independente dos obstáculos e da discriminação, que muitas vezes impedem o Hip Hop de seguir adiante, temos que continuar lutando para ampliar esses espaços. Se você ama e respeita o Hip Hop, batalhe”, comentou o rapper Thaíde, uma das principais atrações do festival.
“O Hip Hop tem um papel fundamental e essencial na minha vida, foi um dos grandes responsáveis por injetar autoestima e promover a minha autovalorização ainda na adolescência. Hoje, me sinto privilegiada e realizada por fomentar o Hip Hop em Ribeirão Pires por quase 20 anos, antes como sociedade civil e agora como poder público”, completou Elisangela Moura, coordenadora da Casa da Juventude e Artes Urbanas (Cajau).
Consciência Negra
Com intuito de promover a valorização da cultura e ancestralidade, a Prefeitura promove, no dia 19, a partir das 11h, na Vila do Doce, a 1ª Feira Afro Ribeirão Pires.
A atividade conta com o apoio do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir) e da Coordenadoria de Políticas Públicas de Igualdade Racial.
Terá, por exemplo, barracas com gastronomia africana, peças de vestuário e artes para religiões de matrizes africanas, artesanatos indígenas e livros.
Além, claro, de espaço para cabelos e penteados afro (tranças e dreads).
No mesmo dia, a partir das 13h, na Praça Central da Vila do Doce, acontece, em conclusão, a abertura da festividade com Povos de Terreiro, às 13h.
Na sequência, apresentação de capoeira com Orquestra de Berimbau, Maculele e roda, às 14h, e Grupo Juntos dá Samba (15h).
Tem ainda Fabio Paixão e Amigos (16h); Samba Rock (17h); e encerramento com a Escola de Samba do Grupo Especial de São Paulo Barroca Zona Sul (18h).