Por uma relação sustentável com o plástico

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Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul

Fabiana Quiroga*

Olhe a sua volta antes de continuar lendo esse artigo. Observe quantos itens plásticos ou que contêm o material você consegue contar. Se você estiver na sala, podemos listar a televisão, o interruptor na parede, o porta-retrato na estante. Se for na cozinha, o liquidificador, as peças da geladeira, os acendedores do fogão, as embalagens para comida. Caso esteja no ambiente de trabalho, podemos listar o computador, o celular, as pastas de documentos, o grampeador e por fim os cabos de internet. E esses são apenas exemplos.

É inegável a gama de utilidades que o plástico trouxe para o nosso cotidiano, com as suas diversas resistências, maleabilidade e formas. Na área da saúde, por exemplo, temos desde luvas cirúrgicas até máscaras, embalagens para soro e outros itens plásticos. Durante a pandemia de Covid-19, percebemos o quanto o material é necessário nessa área, estando presente em embalagens utilizadas para o transporte de vacinas, cânulas, seringas e uma infinidade de produtos de uso médico-hospitalar.

O cerne da questão, no entanto, é como manter uma relação sustentável com o plástico. Até porque a inviabilidade econômica de se utilizar outros materiais como insumos para fabricação de determinados produtos também se coloca de forma determinante, entre outros impedimentos. Afinal, nem toda matéria-prima é leve, resistente, durável, versátil e acessível como o plástico.

Assim, o caminho está justamente no fortalecimento da economia circular, com a reciclagem, o uso sustentável dos produtos, a geração de trabalho com as cooperativas de materiais recicláveis e outros. É fundamental pensar e estruturar ações para deixar de lado uma economia linear, na qual vivemos, e migrar para a circular, focando no desenvolvimento de toda a cadeia, desde a produção até o pós-consumo. Nesse processo, é necessário dar ênfase à educação e à mudança de hábitos da população, incentivando o consumo consciente, o descarte correto e o reúso de materiais de plástico.

Por fim, o engajamento de todos, do governo, das empresas e da população, é fundamental para que se consolide essa relação sustentável com o plástico.

*Fabiana Quiroga é diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul

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