Auricchio dirige São Caetano para a revolucionária “Tarifa Zero” no transporte público

In ABCD, Canto do Joca On
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Auricchio entrega o projeto aos vereadores. Agora, depende da agilidade deles. Fotos: Eric Romero / PMSCS

Joaquim Alessi

A depender da agilidade da Câmara Municipal, projeto vira realidade já em 1º de novembro, ou seja, em 16 dias corridos.

Bandeira da “esquerda”, com o nome de “Tarifa Zero”, ou da “direita” do MBL, com a alcunha de “Passe Livre”, a ideia de não cobrar dos usuários do “busão” agradou em cheio o prefeito José Auricchio Júnior.

Por isso, ele até atropelou todas as agendas no início da noite desta segunda (16.10) para anunciar, quase em primeira mão, a novidade.

“Tinha me preparado para comunicar primeiro aos vereadores, claro, mas um veículo (no caso, de comunicação) furou, e o jeito foi antecipar”, confidenciou Auricchio.

Auricchio fala aos vereadores

 

E a novidade, acima de tudo, é que, aprovada e promulgada a lei da Tarifa Zero, todos os usuários poderão andar de graça.

Isso em todos os ônibus das oito linhas da cidade, independentemente da idade, de ser estudante ou ter outro benefício.

Ineditismo na região

Trata-se, em primeiro lugarm de iniciativa absolutamente inédita no ABCD

Além disso, dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, somente Vargem Grande Paulista pratica hoje a tarifa zero.

A Capital até ensaia, mas as diferenças entre São Caetano e São Paulo são gigantescas.

Em São Caetano, por exemplo, de 25 a 30 mil pessoas utilizam o sistema público de transporte, ou 25% da população.

Desses, cerca de 15 mil pagam tarifa atualmente, e esses serão os diretamente beneficiados com Tarifa Zero.

Foto: Letícia Texeira/PMSCS

 

Muito mais gente ganha

Nas contas de Auricchio, porém, o ganho estende-se a muito mais pessoas.

“Muitas empresas, notadamente as micro pequenas, deixarão de pagar Vale Transporte, e isso pode resultar em mais empregos”, contabiliza o chefe do Executivo.

Da mesma forma, “um número expressivo de pessoas terão motivo para deixar o carro na garagem, o que melhora a mobilidade o meio ambiente”, ensina.

Custo de R$ 3 milhões ao mês

Mas, tudo isso tem um custo. E, mais do que ninguém, Auricchio sabe disso e já fez a contas.

“Claro que há variações, mas trata-se de algo como R$ 3 milhões por mês”, ou R$ 42 milhões até o final de seu quarto mandato, em dezembro de 2024.

E como no transporte, assim como na vida, tudo é passageiro, vai sobrar algo para o sucessor, mas o prefeito garante estar tudo ajustado.

“Para o triênio 2024, 25 e 26, está tudo certo, e em 2027 vence a concessão; aí sim caberá ao prefeito à época conduzir esse processo”, adianta o chefe do Executivo.

Histórico

Hoje, portanto, Auricchio prefere comemorar: “Este é o momento mais importante da história da mobilidade urbana da nossa cidade.”

E revela: “Fruto de um grande esforço que temos feito desde 2017, e que conseguimos realizar com um forte ajuste de caixa”.

E completa: “Um marco que atingimos com muitos estudos, incluindo um rigoroso planejamento fiscal e tributário”.

A Prefeitura pagará a tarifa (R$ 5,00 por passageiro) diretamente à VIPE (Viação Padre Eustáquio), concessionária do sistema.

Frota de 54 veículos

Para suportar a futura demanda, serão adicionados mais cinco ônibus à frota atual, que passará a contar com 54 veículos.

“Como deputado, vejo as dificuldades financeiras que as prefeituras enfrentam, e São Caetano consegue superar as barreiras e transformar os desafios em conquistas para a população. A Tarifa Zero é mais um exemplo disso, que vem para transformar a mobilidade urbana da cidade”, observa o deputado estadual Thiago Auricchio.

A Tarifa Zero traz diversas vantagens na mobilidade urbana e também nos setores econômico, social e ambiental.

Estimula o uso do transporte público em detrimento do privado; gera economia de dinheiro aos passageiros e de vale-transporte às empresas.

Além disso, e reduz a quantidade de carros nas ruas e, consequentemente, a poluição.

Segundo levantamento da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), as motos poluem 32 vezes mais e gastam 5 vezes mais energia por passageiro do que os ônibus (considerando 1 ocupante por moto e 50 por ônibus).

Já os automóveis poluem 17 vezes mais e gastam 13 vezes mais energia do que os ônibus (considerando 1,3 ocupante por automóvel e 50 por ônibus).

 

 

 

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