Iniciativa da Casa da Palavra utiliza, em primeiro lugar, linguagens artísticas para despertar o interesse dos pequenos pelas palavras
Música, pintura, teatro, contação de histórias, confecção de objetos com material reciclável e poesia são, por exemplo, apenas alguns dos recursos que a arte educadora Célia Mattoso utiliza para sensibilizar as crianças para o universo da palavra e da escrita no projeto “Se eu fosse uma letra”.
A iniciativa é realizada, acima de tudo, em parceria da Casa da Palavra Mario Quintana com a Gerência de Bibliotecas, vinculadas à Secretaria de Cultura de Santo André.
Em quatro encontros, às sextas-feiras, com 1h30 de duração cada, as turmas de crianças com idade entre 6 e 9 anos são convidadas a aprender a se divertir com a escrita.
A primeira turma teve início, portanto, em 25 de agosto, na biblioteca da Vila Linda.
A próxima será, da mesma forma, na biblioteca da Vila Humaitá e em seguida na da Cata Preta. Há opções de turmas às 12h e às 14h.
Inscrições abertas
As inscrições estão abertas e podem ser feitas no local.
As próximas turmas serão realizadas em 29 de setembro, na biblioteca da Vila Humaitá, e em 3 de novembro, na biblioteca da Cata Preta.
“A ideia do projeto é mostrar que as letras, o alfabeto e a palavra são coisas divertidas e fazer com que a criança leve isso para a vida dela. Nosso objetivo não é alfabetizar, mas possibilitar que a criança comece a se familiarizar com a escrita”, explica a coordenadora da Casa da Palavra, Sônia Varuzza. “Se a Casa da Palavra tem de começar do começo, ela tem de começar com isso: com crianças e com letras para a gente, junto, trabalhar a palavra”, acrescenta.
Segundo a arte educadora Célia Mattoso, a chave para despertar nas crianças a admiração pelas palavras está no pensamento criativo. “O projeto ‘Se eu fosse uma letra’ é uma provocação para liberar a criatividade, a imaginação e a fantasia, onde a intenção é que a criança aprenda a pensar”, diz, em resumo, Célia.
Com um lápis de cor na mão e os olhos colados no desenho de um rosto diferente, ao estilo de Salvador Dalí, Gabriel Rafael Riachão, de 10 anos, dá asas à imaginação enquanto absorve as informações sobre o pintor, ao som do violão tocado por Célia e que ele já dedilhou. Assim, envolto em cultura, confessa: “Estou achando muito divertido aprender todas essas coisas e poder usar a criatividade. Eu adoro”.
Reforma
A Casa da Palavra é, em suma, um espaço cultural aberto às manifestações da palavra como linguagem, numa perspectiva contemporânea.
Propõe-se a articulá-la como pensamento e ideia nos campos da filosofia, ciência e educação e como expressão estética no campo literário e nas demais linguagens artísticas.
Atualmente passa por reformas que envolvem telhado, pisos, banheiros, elétrica e pintura, além de acessibilidade.
Localizado na Praça do Carmo, Centro, o edifício construído nos anos 1920 abriga a Casa da Palavra desde 1992.
No mesmo ano, a edificação foi, em conclusão, tombada pelo Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André).
Serviço:
Projeto “Se eu fosse uma letra”
Faixa etária: 6 a 9 anos
Data: às sextas-feiras | Turmas às 12h e às 14h
Mais informações: 4433-0632
Gratuito
Biblioteca Vila Linda
Toda sexta-feira, de 25 de agosto a 22 de setembro
Rua Carijós, 2.286
Biblioteca Vila Humaitá
Toda sexta-feira, de 29 de setembro a 27 de outubro
Rua Guerra Junqueira, 366
Biblioteca Cata Preta
Toda sexta-feira, de 3 a 24 de novembro
Estrada da Cata Preta, 810