Evento reuniu, em primeiro lugar, profissionais em áreas como Saúde, Educação, Segurança Pública, Conselhos Tutelares, além da sociedade em geral
Toda criança e todo adolescente, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero, tem direito, em suma, a viver de forma segura, saudável e livre de discriminação.
Encerrando as ações do mês em que se celebra o Dia Mundial de Combate à LGBTfobia (17 de maio), o Consórcio Intermunicipal Grande ABC promoveu, nesta quarta-feira (31.05), portanto, o Seminário Regional sobre os Direitos e a Saúde da Criança e do Adolescente LGBTQIA+.
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) LGBTQIA+ do Consórcio ABC, o evento reuniu, acima de tudo, profissionais que atuam com crianças e adolescentes em áreas como Saúde, Educação, Segurança Pública, Conselhos Tutelares, além da sociedade em geral.
Para debater o tema, o encontro contou, por exemplo, com uma mesa técnica composta pela advogada Juliana Alves de Oliveira, presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da 39ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e pela médica Lígia de Fátima Nobrega Reato, professora titular de Hebiatria do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).
Sensibilização e mobilização
O secretário-executivo do Consórcio ABC, Mário Reali, destacou, além disso, que o encontro foi organizado para a promover a sensibilização e mobilização dos organismos públicos e da sociedade civil sobre a importância de ações que promovam a garantia dos diretos das crianças e adolescentes LGBTQIA+.
“A Declaração Universal de Direitos Humanos deixa claro que nenhuma pessoa, incluindo crianças e adolescentes, deve sofrer abuso, discriminação ou violência de qualquer espécie por qualquer motivação, inclusive com base na sua orientação sexual ou identidade de gênero. Além disso, não se deve negar a nenhuma pessoa os seus direitos humanos universais, liberdades e oportunidades básicas, como o acesso à Saúde”, explicou, em resumo.
O coordenador do GT LGBTQIA+ da entidade regional, Robson de Carvalho, afirmou que a redução dos índices de violência passa pela união de esforços.
Isso para promover, por exemplo, ações de fortalecimento da cultura da paz, da promoção da vida, do diálogo, do respeito às diferenças e da aceitação à diversidade.
“Pensamos neste seminário regional para que possamos criar coletivamente, num trabalho conjunto entre as prefeituras e os movimentos sociais, estratégias para a garantia desses direitos. Estamos diante de situações bárbaras que atingem os nossos jovens, como os ataques recentes às escolas, o que reforça a necessidade de nos unirmos e desenvolvermos políticas públicas mais eficazes na proteção das crianças e dos adolescentes”, afirmou, da mesma forma.
O seminário também contou, em conclusão, com representantes de prefeituras do Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo (Cioeste).