Joaquim Alessi
Mais um grande são-paulino, além de músico e humorista, que se vai, mas sua obra fica.
O “Menestrel Maldito”, como o apelidou o grande “Poetinha” Vinicius de Moares, Juca Chaves, é dono de uma carreira brilhante, acima de tudo.
Conversei com ele durante um bom tempo, há alguns anos, em Santo André, no então escritório do advogado Raimundo Salles, na Praça Kennedy.
Depois, fomos tomar café na Padaria Cristal, onde Juca, ,pra variar, animou a todos, com duas piadas e tiradas irreverentes.
Inesquecível a música em que canta “Eu sou baixinho, feio e narigudo, dizem que seu sirvo só pra dar recado…”
E, em toda a sua trajetória artística, sempre mandou, ao seu estilo, recados mais que importantes, notadamente às autoridades.
A causa da morte não foi divulgada.
Juca, Jurandyr Chaves, começou a carreira em 1955, na extinta TV Tupi, sempre com humor ácido, irreverente e muitas críticas sociais.
Por isso, foi perseguido pela ditadura militar imposta ao Brasil a partir de 1964. Exiliado, viveu seis anos longe do País.
É autor de músicas que se tornaam sucesso, como, por exemplo, “A cúmplice”, “Menina”, “Que saudade” e “Presidente Bossa Nova”.
Casado desde 1975 com Yara Chaves, com quem vivia em Salvador, Bahia, Juca deixa duas filhas: Maria Morena e Maria Clara.
São-paulino fanático, compôs uma marchinha, que não é das melhores, certamente, mas é para o Tricolor.