Conjunto foi formado em 2011, em um Ponto de Cultura, e se firmou como importante representante da música tradicional caipira; Prêmio Inezita Barroso será entregue na próxima sexta-feira
O grupo Violeiros de Diadema, conjunto que já conta com 12 anos de existência, recebe na sexta-feira (03.03), às 10 horas, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o Prêmio Inezita Barroso.
Chegando em sua 6ª edição, a premiação reconhece e premia as pessoas físicas ou jurídicas que se destacaram na sociedade em razão de sua contribuição com a música dita caipira de raiz e qualquer outra forma de arte genuinamente popular que a complemente.
Os Violeiros de Diadema nasceram em 2011, quando violeiros da cidade se reuniram em um extinto Ponto de Cultura para treinar, promover e manter viva a música tradicional caipira.
Funcionando dentro do Centro de Memória da cidade, os ensaios ocorriam em parceria com a União dos Cavaleiros, grupo que preserva a tradição das cavalgadas religiosas dos tropeiros.
Ponto de Cultura
“Dessa parceria surgiu o Ponto de Cultura e uma oficina dentro do Centro de Memória, de aprendizado de viola”, explicou o violeiro e coordenador do grupo, o arquiteto Luiz Hermínio Puntel de Oliveira.
“Com o passar do tempo e com o aprendizado dos alunos a gente formou o grupo. Começamos a nos apresentar em eventos em Diadema e outras cidades e ganhamos projeção”, contou.
Atualmente, o grupo conta com 17 integrantes, mas já chegou a 30 componentes.
“Foi a Secretaria de Cultura que nos acolheu e acolhe até hoje. Recebemos esse prêmio com muita alegria e reconhecemos que devemos muito à Prefeitura de Diadema”, afirmou Luiz. “A satisfação de estar representando a cidade, levamos o seu nome para outros locais, e a existência desse grupo, agradecemos à administração municipal”, completou.
Os ensaios dos Violeiros de Diadema ocorrem semanalmente às quartas-feiras, 18 horas, no Centro de Memória (Avenida Alda, 255). São diversos os gêneros que são conhecidos como moda de viola: guarânia, moda campeira, recortado, querumana, rasta pé, pagode de viola, toada, cururu, cateretê, entre outros. “Estudamos, pesquisamos sobre os ritmos, porque a alma da música caipira está nesses ritmos. Os grandes violeiros que hoje são referência para as pessoas que tocam viola caipira eram pessoas muito simples e hoje tem gente que estuda isso em universidade”, contou.
Sobre o prêmio
O “Prêmio Inezita Barroso” da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foi instituído através da Resolução ALESP nº 910, de 05 de julho de 2016, com o objetivo de premiar as pessoas físicas ou jurídicas que se destacaram na sociedade em razão de sua contribuição com a música dita caipira de raiz e qualquer outra forma de arte genuinamente popular que a complemente.
O prêmio será concedido pelo Presidente da Assembleia Legislativa, mediante proposta da Comissão de Educação e Cultura, a partir de indicações feitas àquele órgão por deputado ou deputada, sociedade civil, núcleos e instituições culturais do Estado.
Inezita Barroso, nascida em São Paulo, em 04 de março de 1925, foi uma das mais amadas e consagradas artistas brasileiras, considerada um dos ícones da música caipira e do sertanejo raiz, atuando como instrumentista, cantora, compositora, apresentadora e pesquisadora do folclore brasileiro. De 1980 a 2014 apresentou o programa “Viola, Minha Viola” na TV Cultura. Uma das músicas mais conhecidas gravada pela cantora foi “A moda da pinga”.
Em 2014 foi eleita para assumir uma das cadeiras da Academia Paulista de Letras. Faleceu em 2015, aos 90 anos, devido a uma insuficiência respiratória.
O prêmio da Assembleia Legislativa que leva o seu nome presta uma homenagem, em conclusão, a uma das principais representantes da música de raiz do Brasil.