“Vocês existem e são valiosos para nós”, repete, na posse, o ministro Silvio Almeida

In ABCD, Canto do Joca On
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, assume o cargo em cerimônia no auditório do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Foto: José Cruz/Agência Brasil

Joaquim Alessi

Numa fala inusitada em cerimônia de posse, e, da mesma forma, ousada e revolucionária, Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direito Humanos.

Fez questão, em primeiro lugar, de repetir pelo menos sete vezes aos grupos de excluídos: “Vocês existem e são valiosos para nós!”

O trecho mais emblemático de seu posicionamento foi, portanto, o seguinte:

Trabalhadoras e trabalhadores do Brasil, vocês existem e são valiosos para nós.
Mulheres do Brasil, vocês existem e são valiosas para nós.
Homens e mulheres pretos e pretas do Brasil, vocês existem e são valiosos para nós.
Povos indígenas deste país, vocês existem e são valiosos para nós.
Pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, travestis, intersexo e não binárias, vocês existem e são valiosas para nós.
Pessoas em situação de rua, vocês existem e são valiosas para nós.
Pessoas com deficiência, pessoas idosas, anistiados e filhos de anistiados, vítimas de violência, vítimas da fome e da falta de moradia, pessoas que sofrem com a falta de acesso à saúde, companheiras empregadas domésticas, todos e todas que sofrem com a falta de transporte, todos e todas que têm seus direitos violados, vocês existem e são valiosos para nós. Com esse compromisso, quero ser Ministro de um país que ponha a vida e a dignidade humana em primeiro lugar.”

“Não esquecer os esquecidos”

Além disso, Silvio Almeida comprometeu-se, da mesma forma, a “não esquecer os esquecidos” e a lutar por um País que ponha a vida e a dignidade em primeiro lugar.

Citou, por exemplo, um ditado iorubá, os rappers Emicida e Mano Brown, Mandela, Pelé, Zumbi, Marielle Franco, Luiz Gama e Martin Luther King.

Tudo isso entre outras referências negras, para, em suma, exaltar a ancestralidade e também o futuro.

“Assim como disse Luther King, de quem falei no início, não há paz sem memória e não há paz saem justiça, e justiça é luta. Disse ele: eu tenho um sonho, eu também tenho um sonho. E quero sonhá-lo com todo o povo brasileiro. Eu sonho com um futuro no qual nós já vencemos. Nós somos a vitória dos nossos ancestrais. Nós somos a vitória, também, daqueles que virão depois de nós”, disse, em resumo,

O jurista e filósofo negro de 46 anos é, em conclusão, uma das principais referências nas discussões sobre racismo no Brasil.

 

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