Os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Centro Público de Formação Profissional Valdemar Mattei, na Vila Pires, em Santo André, desenvolveram, em primeiro lugar, um projeto pioneiro envolvendo o cultivo de uma horta sensorial tecnológica.
O trabalho, em parceria com a Universidade Federal do ABC, trouxe, por exemplo, diversas experiências aos estudantes neste segundo semestre.
Nesta quinta-feira (08.12), os discentes puderam consumir alface roxa, cebolinha e salsinha, que vinham cultivando desde agosto, mês de início da atividade na unidade escolar.
“A horta ficou maravilhosa. Fiz parte de todo o processo desde o início e foi muito bom participar. Tivemos vários momentos de alegria trazendo uma nova cara para a escola, com um espaço bem aconchegante”, disse, em resumo, a aluna Adriana Sonata.
O objetivo do projeto foi proporcionar aos estudantes a oportunidade de aprender e desenvolver métodos científicos e vivenciar atividades sensoriais.
Além disso, desenvolver a interatividade, o conhecimento tecnológico, promover a inclusão e incentivar o trabalho colaborativo e interdisciplinar.
Continuada e ampliada
“Uma atividade como essa merece ser continuada e ampliada para outras escolas. Esse projeto veio no momento certo na minha vida, bem quando decidi voltar a estudar após 26 anos longe da escola. Isso me trouxe muitos benefícios, tanto para a minha saúde quanto para o meu aprendizado”, comemorou, da mesma forma, Quitéria Soares dos Santos Silva, uma das alunas da EJA.
A diretora Alexandra Henriques Ferreira destacou a importância da iniciativa, realizada em parceria da Universidade Federal do ABC.
“Os alunos foram repertoriados e tiveram aulas do projeto Seja Consciência, que tem o intuito de levar conhecimento científico para os alunos da rede pública com a doutoranda Sheila Moura Skolaude, juntamente com uma equipe da UFABC”.
Parceria
“Houve também parceria com a coordenadora da FAUSCS, Priscila Prando, e os instrutores da EJA FIC, Jeferson Simões Moraes e Laudiceia Teixeira, que realizaram pesquisas sobre plantas medicinais nos laboratórios de informática com os alunos e desenvolveram o processo de irrigação eletrônica. Todos trabalharam de forma colaborativa, dentro de seus conteúdos, os temas referentes à horta sensorial”, completou a diretora com a participação da equipe gestora da unidade, composta pela vice-diretora Claudia Cristina Veraldo Rota e a assistente pedagógica Juliana Monteiro.
Os professores de ciências, Marcus Silva Corradi, e de inglês, Terezinha Aparecida Savio, foram os coordenadores do projeto na escola e colaboraram com a equipe da universidade para que, posteriormente, os conhecimentos fossem compartilhados em outras salas.
A professora de artes, Rosana Gazzoto, promoveu a pintura e decoração dos espaços, além da criação de um mosaico nas mesas e bancos.
Já a professora de matemática, Ana Claudia de Paula Tavares, desenvolveu com os alunos o mapeamento, cálculo e desenho da planta da horta.
Além da professora de língua portuguesa, Elizeth Mesquita de Carvalho, que elaborou um jornal que conta toda história do projeto juntamente com os educandos.
Realmente inclusiva
As professoras da EJA I, Marina Bianca Batistão, Izabel Tavares Barbosa Machado, Eliana Assis Amaral e Carolina Cerqueira Hoschete, participaram de todo projeto.
Inclusive o Polo Bilíngue e o Polo DV para que a horta fosse realmente inclusiva.
O período noturno ficou responsável pela parte da revitalização dos muros da escola.
Com o auxílio dos professores Fernando Marcos Francisco, Cristina Aparecida Melo Garcia e dos instrutores do FIC Daniel Bonilha Zago e Denilson Escudeiro de Moraes.
Como encerramento da atividade neste ano, foi realizado, além disso, evento solene de encerramento no Auditório da UFABC em 30 de novembro.
Os alunos e professores envolvidos no projeto, em conclusão, receberam um certificado de participação com direito a um café da manhã especial.