Alunos têm buscado a comunicação de forma voluntária devido à convivência com o professor Felipe Coutinho
A Secretaria de Educação e Cultura de Ribeirão Pires incentiva, em primeiro lugar, o uso da língua de sinais em escolas municipais.
E já há alunos de 10 e 11 anos de idade que se interessam, por conta própria, a conhecer melhor a comunicação no uso de libras em salas de aula.
“Na E.M. Carlos Rohm I, por exemplo, temos cinco alunos que já começaram com os primeiros gestos, no conhecimento e aprendizagem do uso de libras. Eles pesquisam todos os sinais na internet e interagem com os outros colegas de classe”, diz, em resumo, o pedagogo em libras, Felipe Coutinho.
Maria Clara Paiola, de 11 anos, cursa o 6º ano e se interessou pela língua de sinais, vendo o professor Felipe interpretando libras para uma aluna com deficiência auditiva. Já Eryke Silva de Souza, de 10 anos, também do 6º ano, se interessou pela linguagem, vendo um culto religioso, onde havia um intérprete no púlpito da igreja. Desde então, tem fortalecido a aprendizagem e já se comunica em libras.
“O Felipe é o único profissional em libras da nossa rede municipal. As crianças que convivem com ele acabam se interessando pela comunicação. Essa relação é muito bacana”, destaca, da mesma forma, a Secretária de Educação e Cultura de Ribeirão Pires, Rosí de Marco.
No Brasil, cerca de 5% da população é surda e, parte dela, usa a libras como auxílio para comunicação.
Segundo o IBGE, esse número representa, em conclusão, 10 milhões de pessoas, sendo que 2,7 milhões não ouvem nada.