Joaquim Alessi
Por meio da Lei de Incentivo (criticada por gente que não entende nada do assunto e só faz política de baixa categoria), a Coop tornou-se patrocinadora do projeto Conservação de Obras de Arte em Espaços Públicos.
O projeto está, em primeiro lugar, em sua terceira edição.
Ele visa a recuperar durante os próximos 10 meses, 12 obras instaladas em três linhas e cinco estações do Metrô de São Paulo.
Pelo segundo ano consecutivo, o projeto se debruçará, por exemplo, sobre ícones paulistanos instalados nas estações Brás, Barra Funda, São Bento, Paraíso, Consolação e Clínicas.
Idealizado pelo produtor Eduardo Lara Campos e realizado em parceria com o escritório Júlio Moraes Conservação e Restauro, o projeto também tem o patrocínio da Tereos, Fleischmann, Cargo X, Bimbo e Premier Pet, e apoio do ProAC – Programa de Ação Cultural e da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Sustentabilidade
“Como o projeto Conservação de Obras de Arte em Espaços Públicos está aderente à plataforma de Sustentabilidade – Coop Faz Bem pra Comunidade e ao 7º princípio cooperativista de Integração com a Comunidade, é uma grande satisfação para a Coop poder participar dessa linda iniciativa”, declara, em resumo, Luciana Benteo, coordenadora de Responsabilidade Social.
Eduardo Lara Campos explica, da mesma forma, que será elaborado um material bastante rico e completo de todo o processo.
A começar, por exemplo, com registros do antes, durante e depois da execução da conservação das obras.
Além disso, produzirão também uma websérie, com 10 episódios, cuja finalidade será apresentar, por meio de imagens das obras e do processo de conservação, entrevistas, imagens do acervo da biblioteca do Metrô e pesquisas, uma breve história sobre o artista, abordando temas culturais e rotineiros do Metrô e da cidade de São Paulo.
“Diariamente, mais de 4 milhões de pessoas passam pelo Metrô de São Paulo. Em decorrência do tempo e dos atos humanos, parte do acervo instalado nas estações está deteriorado. O Patrimônio Histórico é uma importante ferramenta de desenvolvimento da sociedade para a construção de sua identidade. Preservá-lo, além do compromisso com o passado, é um importante ativo que uma cidade pode explorar como oportunidade de gerar valor sobre a própria cultura”, destaca Lara Campos.
Histórico do projeto
Iniciado em 2018, projeto Conservação de Obras de Arte em Espaços Públicos já entregou 66 esculturas conservadas.
Na primeira edição, foram 45 obras em locais como Praça da Sé, Parque Trianon e Parque do Ibirapuera.
Na segunda, 21 do acervo do Metrô nas estações Clínicas, Trianon-MASP, Santos-Imigrantes, Paraíso, República, Tucuruvi, Pedro II, Vila Madalena e Jardim São Paulo-Ayrton Senna.
Nesse período, destacam-se importantes obras da capital paulistana, como Abertura (1970), de Amilcar de Castro; Emblema de São Paulo (1979), de Rubem Valentim; O Voo, de Caciporé Torres; além do Marco Zero da cidade, prisma hexagonal revestido de mármore e bronze, idealizado por Jean Gabriel Villin e Américo Neto, instalado no centro geográfico de São Paulo. Esta última, passou duas vezes pelo processo de conservação por conta de um acidente que ocorreu na Praça antes do aniversário de 465 anos de São Paulo, em 2019.
Ainda na primeira edição, concluída em junho de 2019, o projeto recuperou, acima de tudo, 30 obras do Jardim de Esculturas do MAM São Paulo.
O Museu fica, em suma, no Parque Ibirapuera, um dos principais acervos brasileiros expostos a céu aberto.
Por lá figuram, em conclusão, monumentos projetados por importantes nomes da cena contemporânea do País, como Aranha (1981), de Emanoel Araújo; Carranca (1978), de Amilcar de Castro; Sete ondas – uma escultura planetária (1995), de Amelia Toledo; Cantoneiras (1975), de Franz Weissmann; e Corrimão (1996), de Ana Maria Tavares.