Sinfônica de Santo André apresenta “Apoteose da Dança” no Cine Theatro Carlos Gomes neste domingo

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Vinícius Costa Jaloto - Foto - Cido Marques/Divulgação

A dança dará o tom no concerto mensal da Ossa (Orquestra Sinfônica de Santo André) em novembro. O concerto “Apoteose da Dança”, neste domingo (27), às 11h, no Cine Theatro Carlos Gomes, terá como peça central no programa, “La Valse”, homenagem de Maurice Ravel à valsa vienense.

Outros gêneros de dança são apresentados em “L’Árlesiene”, de Georges Bizet, e no ballet “Daphnis e Clhoé”, também de Ravel, construindo um conjunto diverso de imagens e sons.

Sob a regência do maestro Abel Rocha os músicos executarão ainda a “Abertura – Scherzo”, de Vinicius Costa Jaloto. Indicação: livre.

Entrada gratuita, por ordem de chegada, com 400 lugares à disposição.

Na suíte 2 “L’Árlesiene”, Georges Bizet faz referência ao poeta e dramaturgo conterrâneo, Alphonse Daudet, que buscou junto a Mistral e Roumanille, promover a língua provençal, utilizando-se de cenas e temáticas próprias da região de Provença, ao sul da França.

A peça “L’Árlesiene” (em português, A Garota de Arles), estreou há 150 anos, em 1872, e conta a história do jovem Frédéri que, descobrindo a infidelidade de sua amada, beira à loucura, apesar dos esforços de sua família para ajudá-lo.

Depois da morte prematura de Bizet, seu amigo Ernest Guiraud, a pedido da editora Choudens, organizou a obra em uma segunda suíte com três números da peça e um minueto da ópera La jolie fille de Perth, de 1866. São eles: Pastoral, Intermezzo, Minueto e Farândola.

“Abertura-Scherzo”

A obra de Vinícius Costa Jaloto é uma peça curta e virtuosística, de caráter otimista.

Algumas de suas principais características são a simetria estrutural, utilização de um motivo condutor que permeia toda a obra e a variedade de coloridos orquestrais.

Vinícius Costa Jaloto é um jovem compositor e regente luso-brasileiro. Bacharel em regência pelo Instituto de Artes da Unesp, tem se dedicado principalmente à composição para orquestra e voz sobre textos poéticos e dramáticos em língua portuguesa.

É membro fundador do Circuito Novo, grupo de compositores brasileiros idealizado e organizado por Liduíno Pitombeira.

Desde julho de 2022 é o musicotecário da Orquestra Sinfônica de Santo André.

Obras de Ravel

A obra orquestral “La Valse” (1920), de Maurice Ravel, foi concebida como “Poema Coreográfico”, baseada nas valsas de salão vienenses.

É, ao mesmo tempo, a apoteose do gênero e a sua completa destruição. Começa com ares de Strauss e progressivamente revela, por efeitos instrumentais impressionistas, uma estética francesa do começo do século passado.

Composta após a volta de Ravel do serviço militar na Primeira Guerra Mundial, traz imagens musicais inquietas e caóticas num movimento de valsa cada vez mais frenético.

Em sua narrativa, o compositor propõe: “Nuvens em turbilhões revelam, em lacunas, casais valsando. Eles se dissipam aos poucos: podemos ver uma enorme sala povoada por uma multidão rodopiante. A cena se ilumina progressivamente. A luz dos candelabros se acende no fortíssimo. Uma corte imperial, por volta de 1855”.

Outra obra de Ravel que integra o programa do concerto é a suíte 2 de  “Daphnis et Chloé” (1913).

Encomendada em 1909 por Sergei Diaguilev, diretor dos Ballets Russes, a obra foi concebida como uma “Sinfonia Coreográfica” baseada em um romance pastoral do poeta grego Longo, do século II.

Teve coreografia de Michel Fokine, cenário e figurinos de Léon Bakst e estreou em 1912 no Théâtre du Châtelet.

Composta para grande orquestra e coro com duração aproximada de uma hora, teve algumas seções extraídas e organizadas em dois “Fragmentos Sinfônicos” ou suítes, a primeira de 1911, antes da estreia, e a segunda em 1913, que compreende os três últimos números do balé, em sequência: Nascer do Sol, Pantomima e Dança Geral.

Serviço:

Concerto da Orquestra Sinfônica de Santo André – Novembro 2022 – Apoteose da Dança

Data: 27/11/22 (domingo)

Horário: 11h

Local: Cine Theatro Carlos Gomes

Endereço: Rua Senador Flaquer, 110 – Centro

Programa:

Georges Bizet: L’Arlésienne – Suíte 2 (1879)

Vinícius Costa Jalotto: Abertura-Scherzo (2022)

Maurice Ravel: La Valse (1920) e Daphnis et Chloé – Suíte 2 (1913)

Regência: maestro Abel Rocha

Indicação: Livre

Entrada gratuita, por ordem de chegada, com 400 lugares à disposição

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