Parceria com a iniciativa privada e inovação na contratação de serviços foram destaques em encontro do diretor-presidente da Sabesp com liderança do Banco Mundial
(SHARM EL-SHEIKH, 15/11/2022) Nos últimos cinco anos, a Sabesp captou US$ 78 milhões junto ao Banco Mundial para investimentos em infraestrutura da rede e adaptação às mudanças climáticas.
A medida permitiu que meio milhão de pessoas passassem a ter acesso ao saneamento básico.
O balanço foi divulgado pelo diretor-presidente da Companhia, Benedito Braga, durante debate na “Blue Zone” da COP27, no Egito, que contou com a moderação do diretor de global de águas do Banco Mundial, Saroj Kumar Jha.
A Companhia é parceira da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) e participa pela segunda vez consecutiva do evento.
Braga destacou também que a Sabesp vem inovando a metodologia na aquisição de serviços, como os contratos por resultados, especialmente em relação aos trabalhos em regiões vulneráveis socialmente, com parcerias com o setor privado.
“Oferecemos contratos onde os prestadores recebem por entrega. Se não atendem à demanda são penalizados, mas se forem além do planejado podem receber um valor acima do inicial, de acordo com os indicadores”, explicou.
O novo modelo foi adotado também no programa Novo Rio Pinheiros, que vem despoluindo um importante rio da capital paulista.
Também no pavilhão do Banco Mundial, a coordenadora da Comissão ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa) da Sabesp, Monica Porto, participou do painel “Inovando, planejando e modernizando a irrigação e a gestão de recursos hídricos para mitigação e adaptação do clima”.
No evento, Monica destacou o esforço da Companhia para reduzir as perdas de água, na ampliação da oferta e na busca pela sustentabilidade em seus processos, como o uso de energia solar nas estações de tratamento. Lembrou ainda as medidas adotadas durante a crise hídrica ocorrida em 2014 e 2015 e de como este desafio contribuiu para direcionar os investimentos, inclusive com recursos internacionais.
“Acredito que nossa experiência e ações durante e após a seca podem contribuir para a segurança hídrica, assim como a mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Por isso investimos muito no aumento da resiliência dos sistemas, em infraestrutura, criando redundância dos sistemas no abastecimento de água. Outros sistemas serão construídos para servir como abastecimento adicional quando os fluxos do sistema regular estiverem abaixo da média”, destacou.
Nos últimos anos a Sabesp investiu mais de US$ 2 bilhões para combater as perdas de água, o que deixou os índices da Companhia abaixo da média nacional.