Peça do Coletivo Cia do Flores é o terceiro montado pelo grupo para compor estudo sobre gênero e sexualidade
Neste sábado (05.11), a Emia (Escola Municipal de Iniciação Artística) Aron Feldman, no Parque Jaçatuba, recebe, às 17h, o espetáculo Flores Brancas, do coletivo Cia do Flores.
O espetáculo é, em primeiro lugar, o terceiro montado pelo grupo para compor um estudo sobre gênero e sexualidade.
A peça apresenta como farol de discussão a visibilidade e a vivência lésbica dentro da comunidade LGBTQIAP+ e na sociedade.
A apresentação é, acima de tudo, gratuita.
Flores Brancas debruça-se sobre as questões que marcam os corpos, relações e vida das mulheres lésbicas.
Mulheres que não somente enfrentam a lesbofobia todos os dias, mas também o preconceito de gênero.
O espetáculo trará para a cena as barreiras enfrentadas por estas mulheres, como a sombra da heteronormatividade e heterossexualidade compulsória.
Além disso, a luta pela visibilidade de suas vivências afetivas e histórias.
Sem contar a reivindicação de que suas relações e corpos não sejam hiperssexualizados e fetichizados pelo patriarcado.
Coletivo
A Cia do Flores é um coletivo composto por gays, lésbicas e pessoas aliadas ao movimento LGBTQIAP+.
Dentro desta diversidade, a pesquisa do coletivo amplia os olhares para as causas e movimentos contra a homofobia e o preconceito de gênero e sexualidade.
Há sete anos, a companhia está envolvida com a pesquisa e a montagem de trabalhos que estudam e experimentam o teatro como ferramenta para criar diálogos por meio da música, da poesia, da dança e de um hibridismo artístico, que sensibilize e dê visibilidade para as causas LGBTQIAP+.
O espetáculo Flores Brancas está em processo de criação da dramaturgia e montagem, desde o início deste ano, a fim de construir uma pesquisa sólida sobre lesbianidade e feminismo.
Neste momento a Cia do Flores abre o processo criativo com o público, com o objetivo de tornar este encontro como parte da pesquisa.
Receber a devolutiva do público, neste tempo do processo, será fundamental para amadurecer o espetáculo e compreender como os debates e propostas de sala de ensaio atravessam o público, como a pesquisa encontra caminhos para o diálogo visando se convencionar como um espetáculo estético, artístico e político potente.
O grupo já realizou lives e sarau como parte do processo de pesquisa. A estreia do resultado final dessa pesquisa, em conclusão, será em 2023.