Despertar nas crianças o gosto pelo estudo de História e a consciência de sua importância na vida pessoal e comunitária.
Foi o que a Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Fláquer fez em atividade simples, mas que, certamente, ficará gravada na memória dos alunos.
Sob orientação da professora Jéssica Aparecida dos Santos, os alunos do 2º ano levaram à escola objetos de suas casas.
Esses objeto contam, acima de tudo, um pouco da história familiar.
As crianças – e seus parentes – responderam ao pedido da professora com objetos carregados de emoção.
Eles foram descritos em frente a uma classe curiosa e atenta.
A aluna Ana Maria Mavungo Bazonga, por exemplo, levou uma peça de vestuário que tem como origem a República Democrática do Congo.
Retrata o país africano de onde a família emigrou em direção ao Brasil.
Yulia Mozzhukhina Dias também levou um objeto internacional: o dicionário Russo-Português de sua mãe.
A mamãe nasceu em Moscou e, após conhecer o pai de Yulia, brasileiro, mudou-se para o nosso País.
“Sem esse livro, ela não ia entender o meu pai”, explicou Yulia aos colegas.
Seleção canarinho
Já Pedro Rafael Ferreira levou uma lembrança bem brasileira: a camiseta da seleção canarinho, que o pai ganhou do avô na Copa de 1998.
Heloísa de Almeida Garcia e Júlia Sousa Berchiato, entre outras crianças, também levaram peças de roupa valiosas na família.
Júlia levou uma manta que sua mãe teve quando bebê e depois usou para agasalhar os próprios filhos, e Heloísa levou o vestidinho branco do batizado de sua mãe.
E, como não podia deixar de ser, fotografias também foram escolhidas, da mesma forma, para registrar momentos marcantes da história familia.
A aluna Fernanda Rodrigues Bin levou, por exemplo, uma tirada pelos pais em lua-de-mel, com efeito de cor que lhe dá a aparência de foto do século passado.
A professora explica, em conclusão, que essa atividade, que ressalta o valor histórico e afetivo dos objetos familiares, está alinhada a uma das habilidades preconizadas pela BNCC, Base Nacional Comum Curricular, que norteia o Currículo Municipal de São Caetano: “selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e história nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário”.