Histórica entidade de direitos humanos criada por ex presos e perseguidos políticos, por familiares de mortos e desaparecidos na ditadura militar, com apoio do então cardeal de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, subscreveu a carta de iniciativa da Fiesp em defesa da Democracia, das eleições, da Justiça e do STF. “Temos que reconhecer que existe risco de uma tentativa de golpe de estado, protagonizado por Bolsonaro e pelos militares que o cercam. A união e reação imediata das instituições de Estado, das entidades da sociedade civil e da população em geral, são fundamentais para desestimular setores do parlamento, das polícias e das Forças Armadas a aderirem aos planos golpistas e ditatoriais de Bolsonaro e de seus súditos nas polícias militares e nas Forças Armadas”, afirma Ariel de Castro Alves, advogado e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais.
O Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo foi criado em 1976, com o objetivo de lutar pela democracia no País, enfrentando e denunciando a ditadura civil-militar instalada em 1964. A iniciativa foi de ex presos e perseguidos políticos, além dos familiares de mortos e desaparecidos na Ditadura. Só em 1987, o grupo formalizou-se como Organização da Sociedade Civil. Na sua fundação teve apoio de personalidades, como o cardeal arcebispo emérito de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel, o Pastor James Wrigth, todos já falecidos.
O Grupo, junto com outras entidades, também está apoiando a direção da Faculdade de Direito da USP na organização do ato público em defesa da Democracia neste 11 de agosto.