Jornalista Simone Duarte, autora de “O Vento Mudou de Direção: o onze de setembro que o mundo não viu”, e a responsável pelo projeto de bibliotecas para crianças refugiadas em Roraima, Stephanie Habrich, contarão histórias vividas por refugiados no Brasil e no mundo
O que leva, em primeiro lugar, uma pessoa a abandonar sua casa, sua família, e buscar proteção em outros países?
O Grupo Mulheres do Brasil, por meio do Comitê de Inserção de Refugiados e Migrantes, realiza nesta segunda-feira (04.07), às 19h, a 4ª edição do “Evento do Bem”, com a participação do jornalista e apoiador do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), Pedro Bial, que conversará com a escritora e jornalista Simone Duarte sobre a experiência daqueles que, apenas por haver nascido em determinados países, tiveram suas existências transformadas, e, na maioria das vezes, de forma devastadora.
A abertura do evento será feita por Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil.
Riscos da história única
Simone Duarte é, acima de tudo, autora do livro “O Vento Mudou de Direção: o onze de setembro que o mundo não viu” (editora Fósforo).
No trabalho revela, portanto, a vida de pessoas que nada teriam em comum, não fosse a tragédia do atentado às Torres Gêmeas em Nova York em 2001 e suas consequências.
Ao dar voz a essas personagens, a jornalista faz emergir, da mesma forma, a ponta de um iceberg de histórias que o Ocidente desconhece e nos lembra dos perigos de aceitar uma história única.
Mi casa, tu casa
A conversa contará, além disso, com a escritora franco-alemã Stéphanie Habrich.
Stéphanie cresceu no Brasil, deixou o trabalho no mercado financeiro, movida, acima de tudo, pelo desejo de transformar a juventude.
Foi ela, por exemplo, a responsável pelo projeto “Mi casa, tu casa”, de criação de bibliotecas para crianças e jovens refugiadas em
Roraima.
“Toda história tem versões. Queremos que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer algo que lhes é desconhecido e possam refletir sobre o que podem fazer para ajudar alguém que perdeu tudo a se integrar num novo país”, afirma, em suma, Eliane Figueiredo, líder do Comitê de Inserção de Refugiados e Migrantes.
Números
Segundo o ACNUR, há 26,4 milhões de refugiados no mundo, e 82,4 milhões de pessoas são deslocadas à força globalmente.
O Brasil tem recebido mais refugiados nos últimos anos, sobretudo em razão da crise na Venezuela.
“Precisamos de um olhar humano e cuidadoso sobre o tema”, ressalta, em resumo, Eliane Figueiredo.
Ao final do bate-papo, Simone Duarte estará, além disso, autografando seu livro “O Vento Mudou de Direção: o onze de setembro que o mundo não viu”.
Parte da renda será revertida a projetos de capacitação, empreendedorismo e empregabilidade do Comitê de Inserção de Refugiados e Migrantes do Grupo Mulheres do Brasil.
O Comitê de Inserção de Refugiados e Migrantes realiza uma série de eventos intitulados “Evento do Bem”, que têm o objetivo de fomentar a capacitação, o empreendedorismo e a empregabilidade de refugiados e migrantes.
Esta edição conta com o apoio do ACNUR, do TozziniFreire Advogados e da Editora Fósforo.
Serviço
4ª edição do “Evento do Bem – O que leva uma pessoa a abandonar sua casa, sua família, e buscar proteção em outros países?”
Dia 4 de julho, às 19h.
Local: Auditório TozziniFreire Advogados – R. Borges Lagoa, 1328 – Vila Clementino, São Paulo
Inscrições: https://www.sympla.com.br/o-outro-lado-o-que-leva-uma-pessoa-abandonar-sua-casa-familia-e-buscar-prot
ecao-em-outros-paises__1627428
Ingressos a partir de R$ 80,00
Não serão vendidos ingressos no local.
Para saber mais sobre o evento e formas de contribuir com a causa, entre em contato pelo e-mail refugiados@grupomulheresdobrasil.org.br
Sobre Simone Duarte
Carioca e vive em Lisboa desde 2008.
Cobriu de Nova York os atentados do Onze de Setembro ao vivo pela TV Globo, na qual trabalhou durante quinze anos.
Em Portugal, foi diretora, além disso, executiva do jornal Público.
Atuou ainda na ONU, além de ter realizado o documentário “A caminho de Bagdá” (2004), sobre Sérgio Vieira de
Mello, e de ter sido a primeira jornalista brasileira a entrar na Coreia do Norte.
Sobre Pedro Bial
Jornalista, escritor, cineasta, poeta e apresentador. Começou sua vida profissional como curtametragista.
Como jornalista, teve atuação mais marcante, portanto, como correspondente internacional, entre 1988 e 1996.
Atualmente comanda o talk show “Conversa com Bial”.
Atua principalmente na televisão, sendo conhecido por apresentar os programas Fantástico, Big Brother Brasil e Na Moral.
Sobre Stéphanie Habric
Franco-alemã, cresceu no Brasil.
Formou-se em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e concluiu mestrado em international affairs pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos.
Atuou por 10 anos no mercado financeiro do Brasil e de Nova York.
Movida pelo desejo de transformar uma geração de jovens em cidadãos mais críticos, engajados e tolerantes, criou o Joca, primeiro jornal de notícias e atualidades voltado ao público infantojuvenil e foi responsável pelo projeto de criação de bibliotecas para crianças e jovens refugiadas em Roraima, no Brasil.
É também autora do livro Uma Jornada com Propósito ― Como Minha Paixão Pelo Jornalismo Infantojuvenil Impacta o Presente (e o Futuro) da Juventude Brasileira.
Sobre o ACNUR
Agência da ONU para Refugiados.
Trabalha para assegurar que qualquer pessoa, em caso de necessidade, possa exercer o direito de buscar e receber refúgio em outro país e, caso deseje, regresse ao seu país de origem de forma segura.
Sobre TozziniFreire
Escritório full-service, com atuação, por exemplo, em 55 áreas do Direito Empresarial.
Desde sua fundação, em 1976, busca, acima de tudo, prover, com integridade e inovação, as melhores soluções jurídicas aos clientes, e contribuir para o
aprimoramento da sociedade brasileira com diversidade, inclusão e responsabilidade social, com foco em 5 temas prioritários (raça, gênero, deficiência, LGBTI+ e refúgio).
Por meio do TFInclusão, programa que consolida as iniciativas sociais, desenvolve, da mesma forma, projetos com um único propósito: fazer do Direito uma ferramenta de inclusão.
Sobre Grupo de Mulheres do Brasil – Comitê de Inserção de Refugiados e Migrantes
O Grupo Mulheres do Brasil é, em primeiro lugar, uma organização da sociedade civil que nasceu em 2013 com mulheres brasileiras que decidiram assumir o protagonismo e somar forças para transformar o Brasil.
Liderado pela empresária Luiza Trajano, o Grupo Mulheres do Brasil é um grupo suprapartidário.
Atua, em primeiro lugar, em causas sociais, políticas e econômicas.
Apoia, da mesma forma, projetos existentes e cria iniciativas que promovam a transformação do nosso País.
O Comitê de Inserção de Refugiados e Migrantes é, em conclusão, um dos pilares, cujo objetivo é promover ações efetivas para fomentar a inserção dos refugiados no Brasil com projetos de capacitação e empregabilidade.
www.grupomulheresdobrasil.org.br