Em 16 de junho é comemorado o Corpus Christi, data que faz parte do calendário católico e homenageia o sacramento da eucaristia. O termo, originário do latim, significa “corpo de Cristo” e é realizado como uma forma de relembrar a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
De acordo com o Irmão Nathan da Costa, do Colégio Marista Cascavel, a história de Corpus Christi está intimamente ligada com a história da comunhão dos cristãos que se reúnem em torno da mesa do altar para a Eucaristia. No início desta celebração compreendia-se que ela deveria acontecer sessenta dias após a Páscoa, em uma quinta-feira. “O responsável pela instituição desta devoção foi Papa Urbano IV, em 1264. Todavia, ele deixou claro que a Festa do Corpo e Sangue de Cristo era apenas de caráter devocional, visto que oficialmente o dia da Eucaristia é na quinta-feira santa”, explica Costa.
História
Segundo a tradição, a festa surge bem antes de sua instituição em 1264, a partir de uma visão de uma religiosa que teve revelações divinas que pedia uma festa que pudesse comemorar o sacramento da Eucaristia. Sendo assim, desde 1230, a celebração acontecia apenas internamente na Igreja onde havia acontecido tal elã, na Bélgica. Em 1247, a celebração vai às ruas da Paróquia de Saint Martin e toma proporção mundial em 1264, a partir do desejo do Papa.
Mesmo com a instituição desta festa e sendo celebrada com fervor pelos cristãos, ao longo da história ela foi perdendo força. A Eucaristia passa a ter uma conotação mágica, não é preciso mais tomar e beber do Corpo e Sangue de Cristo, basta vê-lo. É com o Concílio Vaticano II que se recupera a dimensão da ceia pascal da Eucaristia, memorial da paixão e morte de Cristo.
Com isso, os fiéis voltam a olhar com atenção o que viveram os primeiros cristãos, onde se reuniam em torno da mesma mesa para a fração do pão. Lugar em que a ceia tinha um sentido especial, com a intenção de fazer memória da paixão, morte e ressurreição do Cristo. Ir. Nathan Costa comenta que “é neste momento que Jesus se oferece e fica conosco como alimento, ou seja, faz-se Pão. É este o sustento da vida comunitária”.
A festa do Corpo e Sangue de Cristo recebe este nome por ser seu corpo, o único recurso que Jesus dispunha antes de ser preso e sofrer a paixão. Não tinha outra riqueza nem outro dom a nos oferecer. Esse Corpo que era sua própria vida; sentia-se abençoado em sua totalidade, sem deixar nada fora. Agradeceu por isso e fez dele um gesto definitivo: entregou-se por inteiro, sem nada reservar para si.
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