Teste foi aplicado para 2º, 3º e 6º anos do ensino fundamentalCom participação expressiva, a Avaliação de Fluência Leitora, encerrada no último dia 30, contou com a participação de mais de 470 mil estudantes da rede estadual – 80% do público-alvo. Aplicado em 4,5 mil escolas, espalhadas pelas 91 Diretorias de Ensino do Estado, o teste proposto pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) analisou o desempenho individual dos alunos Estudantes do 2º, 3º e 6º anos do ensino fundamental na leitura e compreensão de palavras, pseudopalavras e textos para diagnosticar eventuais lacunas em todo o processo de alfabetização durante o período de pandemia
Iniciada em outubro, a avaliação ocorreu de forma presencial e seguiu todas as medidas de proteção à Covid-19. Os professores gravaram a leitura por meio do celular, pelo aplicativo exclusivo do CAEd (Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação). O tempo médio de aplicação dos testes individuais foi de 10 minutos. Na sequência, os áudios – três por estudante – foram processados, para que seja possível identificar o perfil leitor, e enviados à base central.
Na teoria, a fluência em leitura é definida como a capacidade de ler com velocidade, precisão e expressão adequada. Isto é, além da velocidade e precisão (automatização), envolve a prosódia ou expressão adequada, que abrange entonação e fraseado. “É um processo fundamental para o desenvolvimento da alfabetização, pois mobiliza processos de decodificação e compreensão das palavras. Por meio dessa avaliação, serão aferidas as habilidades de leitura. Ficamos muito felizes pelo engajamento da comunidade escolar dos Anos Iniciais e dos Anos Finais do ensino fundamental. Foi uma marca expressiva, considerando o contexto atual”, disse Carolina Murauskas, da Equipe Pedagógica do Departamento de Avaliação na Seduc-SP.
Engajamento e esforço coletivoPercentualmente, o 3ª ano liderou a relação, com 84,2% (com participação de 106.514 estudantes). O 2º ano apareceu na sequência, com 83,5% (101.623), seguido pelo 6º ano, com 77,3% (262.250). A participação contou com muitas movimentações nas Diretorias de Ensino (DEs). Na Guarulhos Sul, por exemplo, os PCNPs envolvidos realizaram e replicaram dois encontros de formações com os professores envolvidos para que todos se apropriassem das características dos estudantes em relação à leitura. Foram feitos acompanhamentos semanais, via sistema do CAEd e WhatsApp, inclusive abordagens pessoais em algumas escolas. O grupo considera “importante a continuidade do processo e a necessidade de retomar as discussões sobre a temática da leitura”.
Outra DE de destaque foi Diadema, que ficou acima dos 90% de participação nos 2º e 3º anos. Os PCNPs contaram que o marco inicial partiu da orientação técnica para que todos os professores coordenadores envolvidos pudessem mobilizar as escolas. O grupo indicou que foi preciso começar o processo o quanto antes para valorizar a ação pedagógica. Em seguida, as equipes acompanharam o processo diariamente, com planilha de evolução dos percentuais de cada unidade escolar e com o plantão de dúvidas para aplicação e sincronização dos áudios.