Melhoria da segurança e do clima escolar estão entre as atribuições dos profissionais
Uma escola segura, acolhedora e solidária é o mote do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (CONVIVA-SP), e para fazer deste pensamento uma efetiva prática a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) está criando 261 novas vagas de Professores Orientadores de Convivência (POC), que se somarão aos 977 já atuantes na rede estadual de ensino.
Os profissionais selecionados para atuarem como POC cumprirão uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. “Estes profissionais terão como principal atribuição dar um sentido positivo aos conflitos inerentes à convivência dentro do ambiente escolar”, destaca o secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares.
De acordo com gestor do CONVIVA, Mário Augusto Vitoriano Almeida, “O conflito vai existir, mas o POC tem que trazer novos olhares sobre o ele. Então, ele vai fazer a orientação e quando se faz a orientação a gente não faz só com os envolvidos, a gente inclui o ambiente onde isto aconteceu, como está o clima desse ambiente. Além dos atores envolvidos que outras causas podem estar envolvidas nesse conflito?”. Esse pensamento faz parte das reflexões de atuação do POC”.
Fazer um bom aproveitamento dos conflitos, com o adequado recorte da situação e a orientação necessária a um desfecho positivo é a aposta do CONVIVA para melhorar também a aprendizagem, privilegiada em um ambiente escolar mais seguro e agradável.
O POC atua ainda como um articulador com as redes protetivas das unidades escolares, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) os Conselhos Tutelares, os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), entre outros. O contato dos profissionais com estes órgãos ajuda a garantir um atendimento mais humanizado aos alunos para além dos muros escolares.
Como participar da seleção para POC
Os professores interessados em atuar como POC devem se inscrever na unidade escolar de sua escolha. Para manifestar o interesse pela vaga é necessário apresentar o currículo profissional e acadêmico; ter anuência do superior imediato, caso já esteja trabalhando em uma escola da rede estadual; ter disponibilidade imediata para assumir as atividades, quando convocado; possuir disponibilidade para o cumprimento da carga horária exigida; e não ter sofrido nenhuma penalidade administrativa nos últimos três anos.
O processo seletivo será dividido em três etapas: análise de perfil profissional, análise atitudinal e entrevista. Na primeira etapa serão analisados a trajetória profissional e acadêmica do candidato, assim como seu alinhamento com o programa; na segunda etapa, o candidato deve escrever uma dissertação de no máximo duas páginas (conforme as normas da ABNT), justificando seu interesse pela vaga e dizendo como poderá desenvolver as atividades do programa; e na terceira e última etapa ocorrerá a entrevista com a equipe gestora, cuja finalidade é evidenciar as habilidades do candidato para a vaga, segundo seus conhecimentos, vivências e experiências profissionais.
O cronograma do processo seletivo ficará a cargo de cada unidade escolar e será definido em conjunto com a Diretoria de Ensino a qual estiver ligada.