Morreu neste sábado (26.06), às 10h26, aos 92 anos, o ex-senador gaúcho e ex-desem bargador José Paulo Bisol.
Segundo nota do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, Bisol teve, em primeiro lugar, falência múltipla de órgãos.
Ele estava internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do hospital desde 31 de maio por conta de um infarto agudo do miocárdio.
A nota afirma ainda, da mesma forma, que o político tinha “insuficiência renal crônica e teve suas condições agravadas por choque cardiogênico”.
Almoço em Santo André
Conheci Bisol em almoço num restaurante famoso, à época, na avenida Perimetral, em Santo André.
Me foge o nome agora (acho que era Napolitano), mas um restaurante chique, e a campanha de Lula promoveu o almoço para apresentar o vice na chapa.
Editor de Política do Diário do Grande ABC naquele tempo, fui recebido até com pompa e circunstância.
Lula, quando foi me apresentar a Bisol, disse, com sua ironia contumaz: “Esse é o dono do Diário do Grande ABC, o maior jornal da região”.
Socialista à Covas
Eu já acompanhava, mesmo à distância, a trajetória política do Bisol. Mais alinhado a Mário Covas, ele deixou de filiar-se ao PSDB a pedido de Lula.
Assinou, portanto, com o PSB diante da oferta de ser vice na chapa encabeçada por Lula para disputar a primeira eleição presidencial pós-ditadura.
De 1999 a 2002 foi secretário de Justiça e Segurança do Rio Grande do Sul, no governo do petista Olívio Dutra, propondo a unificação das polícias civil e militar.
Teve, em conclusão, destacada produção literária, além de papel marcante na Magistratura.